O ciclo teórico de um motor a quatro tempos, conforme analisado, não corresponde ao ciclo real de funcionamento.

O fabricante do motor realiza pequenas modificações nos tempos e fases com o intuito de corrigir a perda de energia causada, dentre outros, pelo atrito das peças, inércia dos gases e retardo na queima da mistura.

Contrariamente ao referido no ciclo teórico, a abertura e o fechamento das válvulas, e o momento em que ocorre a ignição, não são efetuadas nos pontos mortos, mas ligeiramente adiantado ou atrasado em relação a estes pontos.

Tais modificações resultam numa melhor eficiência dos motores a quatro tempos.

A distribuição de ignição e a abertura das válvulas são sempre especificadas em graus, com relação ao eixo de manivelas.

A potência que um motor é capaz de desenvolver depende diretamente da quantidade de mistura ar/combustível que o cilindro irá admitir durante o tempo admissão, portanto, tais modificações visam a configuração das válvulas de modo que seja admitido o maior volume possível da mistura, evitando assim o desperdício e a queda de eficiência do motor.

Apenas como curiosidade, um típico motor a pistão de quatro tempos, em cruzeiro, opera numa velocidade de 2.400 RPM (rotações por minuto), o que equivale dizer que cada válvula -de admissão e de escapamento -irá se abrir e fechar 1.200 vezes por minuto, o que equivale a 20 vezes em apenas 1 segundo!

Modificações realizadas no ciclo real ou prático: