O Airbus A-380 usa um sistema de controle avançado chamado de sistema de voo automático (AFS, autoflight system).
Devido ao tamanho e à complexidade do A-380, o sistema de controle de voo contém quase 50 superfícies de controle independentes, cada uma delas monitorada e ativada pelo AFS.
Os controles de voo se dividem em duas categorias, os controles de voo primários e os aerofólios auxiliares e flapes.
O sistema de controle de voo primário usa três computadores primários e três computadores secundários para criar redundância, como mostrado na Figura Abaixo.
O sistema também emprega três computadores secundários (SECs).
Cada computador, PRIM e SEC, pode desempenhar duas funções; computações de comando e execuções de comando.
Se uma pane é detectada no AFS de um A-380, todas as funções de controle são passadas para outro computador PRIM.
Se todos os PRIMs sofrem uma pane, cada SEC cumpre as funções de computação e execução necessárias.
Quando a operação se baseia nos sistemas secundários, apenas o sistema de controle de voo é rebaixado, a função de compensação automática fica indisponível e todas as proteções do invólucro são perdidas.
o A-380 emprega três tipos diferentes de atuadores de servomecanismos para movimentar as superfícies de controle.
Cada servomecanismo é controlado eletricamente de um ou mais dos computadores AFS.
Os três tipos de atuadores de servomecanismos são (1) os atuadores hidráulicos convencionais, (2) os atuadores eletro-hidrostáticos e (3) os atuadores hidráulicos de reserva elétricos.
Os servomecanismos convencionais utilizam atuadores hidráulicos, operados a partir de um sistema hidráulico central.
Os atuadores eletro-hidrostáticos são unidades hidráulicas que contêm seu próprio motor elétrico e sistema hidráulico autocontido.
Os atuadores hidráulicos de reserva elétricos utilizam uma combinação de atuadores convencionais e eletro-hidrostáticos que podem operar em ambos os modos e são utilizados em caso de múltiplas panes do sistema.