A mistura rica faz o motor funcionar com maior potência e menor eficiência, porque há um excesso de gasolina que não é queimado e perde-se pelo escapamento.

Se a mistura for pobre, a potência será menor devido à falta de combustível, mas a eficiência será maior, porque não há desperdício de combustível.

Tudo isso pode ser visualizado no gráfico abaixo. Neste exemplo, a mistura rica (10:1) produz a potência máxima de 150 HP, mas a eficiência é de apenas 10%.

A mistura pobre (16:1) diminui a potência para 100 HP, mas a eficiência aumenta para 31%. Isso demonstra que a mistura 10:1 deve ser usada para decolar, e a mistura 16:1 para voar em regime de cruzeiro.

Resta explicar por que não usamos na prática a mistura quimicamente correta (15:1).

Sem dúvida, essa mistura seria ideal se fosse possível efetuar a sua combustão total no motor.

Na prática, porém, a combustão não é perfeita, e por isso a mistura quimicamente correta não é queimada totalmente – haverá um resíduo inaproveitado de combustível e também de ar, após a combustão — ou seja, não teremos nem potência máxima, nem eficiência máxima.

Portanto não há vantagem em usar essa mistura.