Os ohmímetros servem para dois tipos de teste:

(1) verificações de continuidade de componentes removidos de um circuito e (2) verificações de continuidade de curtos-circuitos.

Componentes como chaves, relés, lâmpadas e transformadores podem todos ser testados com um ohmímetro.

Contudo, tais componentes de- vem ser removidos ou desconectados do circuito antes do teste.

A Figura Abaixo ilustra o uso de um ohmímetro para testar componentes.

Um componente como uma chave, disjuntor ou fusível deve ter resistência zero (quando fechado) para operar corretamente. Se o ohmímetro mede resistência infinita, o com- ponente está com defeito.

FIGURA13-39Teste de componentes com um ohmímetro.
Resistência zero medida entre componentes operáveis;
resistência infinita medida entre componentes em pane.

Um teste de ohmímetro também é válido para a maioria dos usuários de potência, como mostrado na Figura Abaixo.

Teste de unidades de carga com um ohmímetro. (a) Uma lâmpada em bom estado indica baixa resistên- cia; (b) uma lâmpada em pane indica resistência infinita.

A luz testada deve mostrar uma resistência relativamente baixa caso esteja funcional. Se estiver em pane (aberta), a luz mostra resis- tência infinita.

 Em geral, qualquer usuário de potência deve ter resistência igual a sua tensão nominal dividida por sua corrente nominal (R = E/I ).

Qualquer carga que possua resistência infinita está em pane.

Os ohmímetros são muito usados para resolver problemas com circuitos em curto.

 Para esse tipo de atividade, a potência do circuito deve ser desligada e o circuito isolado do resto do sistema elétrico.

Na maioria dos casos, isso pode ser feito desligando a chave mestra da bateria da aeronave e abrindo o disjuntor apropriado.

A Figura Abaixo mostra a configuração de ohmímetro para testar um fio em curto-circuito com a massa.

 Uso de um ohmímetro para encontrar um curto com a massa. (a) T2 tem resistência zero com a massa
quando o fio C não está isolado. (b) T2 tem resistência infinita com a massa quando o fio C está isolado. (c) O fio C tem resistência zero com a massa.

 Na Figura Acima-a, o curto com a massa parece ocorrer em T2; contudo, isso não está certo.

O curto está no segmento de fio C; mas como o segmento de fio C está conectado a T2, o medidor indica resistência zero de T2 com a massa.

Para identificar o local exato do circuito em curto, isole os diversos segmentos de fio. Na Figura Acima-b, o segmento C está isolado de T2.

O ohmímetro agora lê uma resistência infinita; o curto-circuito não parece mais estar em T2.

Se a ponta do medidor é movida para a terminação do seg- mento de fio C, o dispositivo mais uma vez mede zero resistên- cia com a massa.

A Figura Acima-c ilustra o teste final necessário para encontrar o fio em pane.

Nesse caso, o segmento de fio C está completamente isolado; a chave está aberta e o segmento de fio C é removido de T2.

Como o ohmímetro indica resistência zero, o seg- mento de fio C (um fio positivo) deve estar em curto com a massa.

Os ohmímetros podem ser usados para testar a presença de circuitos abertos, mas normalmente é mais fácil usar um voltímetro.

O comprimento físico dos fios de teste do medidor podem impedir o uso do ohmímetro na verificação da continui- dade de circuitos abertos.

Se você deseja testar um fio roteado da cabine de comando até a cauda da aeronave, o ohmímetro precisa estar conectado em ambas as pontas do fio.

Mesmo com uma aeronave relativamente pequena, isso seria impossível sem estender os fios de teste do medidor.

Usando um voltímetro, seria possível simplesmente testar a tensão na extremidade da cauda do fio (em comparação com a massa) para determinar a condição do fio.