Resistência à Corrosão do Titânio
O titânio é amplamente reconhecido por sua elevada resistência à corrosão, que decorre da formação de um filme protetor de óxido estável na sua superfície. Este filme é formado pela interação do metal com o oxigênio presente no ambiente, sendo intensificado por agentes oxidantes. A proteção proporcionada pelo óxido impede o progresso da corrosão, tornando o titânio uma escolha ideal para aplicações que requerem alta durabilidade em ambientes adversos.
A corrosão no titânio é uniforme, sem evidências significativas de formas localizadas como pites (corrosão por “pitting”), fratura sob tensão, corrosão intergranular ou galvânica. Este comportamento é um diferencial em relação a outros materiais metálicos. Comparativamente, sua resistência à corrosão é similar ou até superior à do aço inoxidável 18-8, sendo menos propenso a falhas em estruturas submetidas a ciclos de carga e ambientes agressivos.
Testes em soluções ácidas e salinas indicam que o titânio apresenta rápida polarização, o que contribui para a redução da densidade de corrente em células galvânicas, minimizando o risco de corrosão galvânica em pares metálicos. Adicionalmente, o titânio apresenta compatibilidade química elevada, podendo ser utilizado com outros metais sem causar efeitos adversos.
Essa combinação de propriedades torna o titânio especialmente valioso em aplicações aeronáuticas, marítimas e biomédicas, onde a resistência à corrosão é crítica para o desempenho e a segurança.