Aplicações da Lei de Ohm em Manutenção Aeronáutica
A Lei de Ohm, essencial para técnicos de aeronaves, auxilia na instalação, reparo e inspeção de componentes elétricos. Ela permite verificar a capacidade de condução e segurança de conexões, dimensionar fios e projetar circuitos. Aqui estão três exemplos práticos de como a Lei de Ohm é aplicada na manutenção de aeronaves:
1. Verificação de Capacidade de Condução da Bus Bar
Em uma inspeção, foi notado que a “bus bar” (barra de distribuição de corrente) tinha sido trocada e sua corrente máxima era de 60 A. Para garantir que ela suporte a carga total, somam-se as correntes dos circuitos conectados em paralelo. Somando:
- Luzes de navegação (10 A)
- Rádio de navegação (4 A)
- Rádio de comunicação (3 A)
- Aquecimento do pitot (12 A)
- Motor do flap (8 A)
- Motor da bomba hidráulica (16 A)
- Motor da bomba de combustível (6 A)
A carga total foi 59 A, portanto dentro do limite de 60 A, validando a instalação para uso seguro.
2. Dimensionamento do Gerador
Para a mesma aeronave, a corrente necessária ao sistema foi de 59 A. Considerando que a carga da bateria também demanda corrente extra (cerca de 20 A no início), opta-se por um gerador de 90 A para evitar sobrecarga e assegurar que todo o sistema funcione corretamente.
3. Ajuste de Tensão para Bomba de Combustível
Ao instalar uma bomba de combustível nova em uma aeronave com sistema de 14 V, a tensão precisa ser ajustada para 8 V. Um resistor em série regula essa tensão. Com base nos dados da bomba (2 A de corrente a 8 V), calcula-se a resistência necessária usando a fórmula R = V / I
, onde:
- Queda de tensão no resistor = 6 V (14 V – 8 V)
- Corrente no circuito = 2 A
Logo, R = 6 V / 2 A = 3 Ω
. Esse ajuste permite a operação adequada da bomba com a tensão correta, mantendo o fluxo de combustível ajustado.