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Hans Christian Oersted descobriu, em 1819, que um condutor sob corrente elétrica gera um campo magnético capaz de desviar a agulha de uma bússola. Esse campo magnético não está ligado ao material do condutor, mas ao movimento dos elétrons nele. A intensidade do campo magnético é diretamente proporcional à corrente elétrica que flui pelo condutor.

Ao redor de um fio conduzindo corrente, o campo magnético forma círculos concêntricos, criando um padrão cilíndrico. Se a corrente aumenta, o campo se expande proporcionalmente, indicando maior intensidade. Esse comportamento estacionário do campo ocorre em correntes contínuas constantes; quando a corrente cessa, o campo desaparece.

A direção do campo magnético pode ser determinada pela regra da mão esquerda: segurando o condutor com a mão esquerda, o polegar aponta o fluxo da corrente, enquanto os dedos indicam o sentido das linhas de força magnética.

Quando o fio é enrolado em voltas (loops), os campos magnéticos individuais se combinam, aumentando a intensidade dentro da bobina. Se o fio é enrolado ao redor de um núcleo de ferro, cria-se um eletroímã, concentrando as linhas de força no núcleo e amplificando o campo magnético. A polaridade do eletroímã segue a regra da mão esquerda e pode ser revertida ao inverter o fluxo de corrente.

Eletroímãs têm ampla aplicação em dispositivos como motores, geradores, relés e solenóides. O solenóide, por exemplo, utiliza a força magnética para atrair um núcleo móvel, acionando mecanismos como válvulas ou interruptores de alta corrente. Esses princípios formam a base de muitos sistemas elétricos e eletrônicos modernos, incluindo aqueles utilizados em aeronaves【8†source】【9†source】【11†source】.