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Bateria de Chumbo-Ácido Regulada por Válvula

As baterias de chumbo-ácido reguladas por válvula (CARV) foram desenvolvidas para reduzir os gases explosivos e corrosivos liberados por baterias convencionais. Comumente chamadas de baterias “seladas”, as CARV são usadas em diversas aplicações modernas de aeronaves. Apesar de empregarem as mesmas reações químicas das baterias de chumbo-ácido convencionais, sua construção dispensa a adição periódica de água, pois o sistema é fechado. Qualquer gás produzido internamente é armazenado em câmaras, impedindo a liberação para o ambiente e permitindo seu uso em locais com pouca ventilação.

Essas baterias estão disponíveis em duas variantes principais: AGM e Gel. A versão AGM (Absorbed Glass Mat) retém o eletrólito em separadores de fibra de vidro, que agem como uma esponja. Na bateria de Gel, o eletrólito é misturado com sílica, formando um gel viscoso que imobiliza o eletrólito. Ambas as versões contêm válvulas de alívio de pressão que permitem a ventilação em caso de sobrepressão, mantendo o sistema seguro e selado, sem risco de vazamento de eletrólito em posições inclinadas.

O processo interno dessas baterias é descrito como “recombinante”, no qual o oxigênio liberado nas placas positivas se combina com o hidrogênio nas placas negativas, evitando a perda de água e prolongando a vida útil sem necessidade de manutenção regular. No entanto, uma carga em alta tensão (acima de 2,30 V por célula) pode ativar a válvula de alívio, causando perda de gás ou eletrólito e diminuindo a capacidade da bateria, exigindo revisão conforme os manuais de manutenção das aeronaves.

As CARV exigem carregadores específicos, capazes de monitorar a carga e evitar danos por liberação de gás. A carga mais segura é feita em tensão constante, com “flutuação” em torno de 2,30 V por célula a temperaturas específicas, garantindo o desempenho seguro da bateria.