Lei de Ohm para C.A.
A Lei de Ohm aplicada a circuitos de corrente alternada (C.A.) é uma extensão dos princípios fundamentais da eletricidade. Para circuitos contendo apenas resistências, as fórmulas e regras utilizadas em corrente contínua (C.C.) também se aplicam diretamente à C.A. No entanto, quando há a presença de componentes indutivos ou capacitivos, o comportamento do circuito muda significativamente devido à interação entre resistência, reatância indutiva e reatância capacitiva.
Essas três grandezas combinadas formam a impedância (Z), que representa a oposição total ao fluxo de corrente alternada. A impedância, medida em ohms (Ω), é uma magnitude complexa que incorpora a resistência (R), a reatância indutiva (XL), e a reatância capacitiva (XC) no circuito. Sua fórmula geral é dada por:
Z = √(R² + (XL - XC)²)
- Reatância Indutiva (XL): Proporcional à frequência da corrente e à indutância do circuito, XL = 2πfL, onde f é a frequência e L é a indutância.
- Reatância Capacitiva (XC): Inversamente proporcional à frequência e à capacitância, XC = 1/(2πfC), onde C é a capacitância.
O uso de valores eficazes (ou RMS) para corrente e tensão em circuitos de C.A. é essencial, pois esses valores representam as equivalências de energia em relação à C.C. A Lei de Ohm em circuitos de C.A. é expressa como:
V = I · Z
Onde:
- V: tensão eficaz
- I: corrente eficaz
- Z: impedância
A compreensão da interação entre resistência, indutância e capacitância é crucial para projetar e operar circuitos de C.A., especialmente em sistemas aviônicos, onde a precisão no controle da impedância afeta diretamente o desempenho dos sistemas elétricos e eletrônicos.