O que é ATA 100?

ATA 100 é um sistema de numeração padronizado utilizado na aviação civil para organizar e classificar informações técnicas relacionadas à manutenção de aeronaves. Ele foi criado pela Air Transport Association (ATA) em 1956, com o objetivo de facilitar a padronização de manuais técnicos e documentos de manutenção fornecidos por fabricantes de aeronaves e componentes.

Estrutura do ATA 100

O sistema ATA 100 divide as informações em capítulos, cada um associado a um sistema ou subsistema específico da aeronave. Os capítulos são numerados de 00 a 99, e cada um aborda um tema técnico. Isso facilita a busca e o entendimento por parte de mecânicos, engenheiros e operadores.

A estrutura básica de um capítulo é:

  • Capítulo: Representa o sistema principal (ex.: Capítulo 32 para Trem de Pouso).
  • Seção: Detalha subsistemas ou componentes específicos (ex.: 32-10 para rodas e pneus).
  • Subseção: Informações mais específicas dentro do subsistema (ex.: 32-11 para pneus).

Exemplos de capítulos ATA

Alguns capítulos comuns incluem:

  • ATA 21 – Ar condicionado.
  • ATA 24 – Sistema elétrico.
  • ATA 28Sistema de combustível.
  • ATA 32 – Trem de pouso.
  • ATA 36 – Sistema pneumático.
  • ATA 49 – Sistemas auxiliares de potência (APU).

Essa divisão inicial permite identificar rapidamente o sistema relacionado ao trabalho necessário.

Seções (Segundo Grupo de Números)

Dentro de cada capítulo, as seções dividem o sistema em partes mais específicas. Por exemplo, no capítulo 33 – Iluminação, as seções são:

  • 00: Geral.
  • 10: Compartimento de voo.
  • 20: Compartimento de passageiros.
  • 30: Compartimento de carga.
  • 40: Iluminação externa.
  • 50: Iluminação de emergência.

Essas subdivisões tornam mais fácil localizar a área específica que necessita de manutenção.

Assuntos (Terceiro Grupo de Números)

Cada seção detalha os componentes e itens dentro dela. Por exemplo, ainda no capítulo 33 – Iluminação, seção 40 – Externas:

  • 01: Farol escamoteável.
  • 02: Farol fixo.

Esses números identificam precisamente os itens que serão trabalhados.

Tipo de Intervenção (Quarto Grupo de Números)

O último grupo indica o tipo de atividade de manutenção a ser realizada:

Essa numeração facilita a identificação do trabalho exato a ser executado.

Exemplo de Interpretação

Um número 33.40.01.401 pode ser interpretado como:

O mecânico, ao ver esse número, sabe imediatamente que o trabalho envolve a remoção e instalação do farol escamoteável na iluminação externa da aeronave.

A imagem representa a codificação de tarefas de manutenção segundo o padrão ATA 100, que organiza informações técnicas para facilitar a interpretação e o acesso a procedimentos específicos. Vou detalhar cada parte do código apresentado:

Código “27-11-09-000-801-A”

1. 27 – Controle de voo

O primeiro grupo de números (27) identifica o sistema principal da aeronave ao qual a tarefa pertence. Nesse caso:

  • 27: Sistema de Controle de Voo. Inclui superfícies móveis, como ailerons, profundores e lemes.

2. 11 – Aileron

O segundo grupo de números especifica a seção ou componente do sistema principal. Aqui:

  • 11: Refere-se ao aileron, que é a superfície de controle lateral responsável pelo rolamento da aeronave.

3. 09 – Aileron (Superfície)

O terceiro grupo de números detalha a parte ou característica específica do componente mencionado. Neste caso:

  • 09: Refere-se à superfície do aileron.

4. 000 – Função / Remoção

O quarto grupo indica o tipo de função ou operação relacionada ao componente. Aqui:

  • 000: Representa atividades gerais relacionadas ao funcionamento, remoção ou análise do aileron.

5. 801 – Variações e Diferenças

O quinto grupo identifica variações ou diferenças específicas na tarefa, que podem depender de configurações ou modelos da aeronave:

  • 801: Especifica uma variante ou configuração particular do aileron.

6. A – Uso do Operador

A última letra indica o tipo de tarefa ou customização específica, que pode variar de acordo com o operador da aeronave ou requisitos adicionais:

  • A: Geralmente indica que a tarefa é personalizada ou adaptada para um operador ou usuário específico.

Resumo Prático

O código completo 27-11-09-000-801-A detalha:

  1. Um procedimento relacionado ao sistema de controle de voo (27).
  2. Mais especificamente, ao aileron (11), envolvendo a superfície do aileron (09).
  3. A operação principal envolve remoção ou análise funcional (000).
  4. Inclui detalhes específicos sobre variações (801).
  5. A letra final (A) sugere que a tarefa é personalizada para um operador.

Essa estrutura facilita a localização e execução de tarefas específicas na manutenção de aeronaves, garantindo padronização e clareza no trabalho técnico.

Por que o ATA 100 é importante?

  1. Padronização: Permite que informações técnicas sejam apresentadas de maneira uniforme em diferentes fabricantes e tipos de aeronaves.
  2. Facilidade de Uso: Mecânicos e operadores conseguem localizar informações rapidamente, reduzindo erros e aumentando a eficiência.
  3. Interoperabilidade: O mesmo sistema é utilizado por diversos fabricantes, como Airbus, Boeing, Embraer, etc., facilitando a manutenção em frotas mistas.
  4. Segurança: Um sistema bem estruturado e compreensível reduz os riscos de erros durante as inspeções e manutenções.

Evolução para ATA iSpec 2200

Embora o ATA 100 tenha sido amplamente utilizado por décadas, ele foi substituído pelo ATA iSpec 2200, que modernizou o formato de apresentação, permitindo o uso de documentos digitais e integrados aos sistemas de manutenção. No entanto, muitos profissionais ainda se referem ao sistema como ATA 100, devido à sua longa história e importância na aviação.

Em resumo, o ATA 100 é um pilar da aviação moderna, sendo uma ferramenta essencial para padronizar e organizar os procedimentos técnicos de manutenção de aeronaves.

Segue abaixo o conteúdo reescrito conforme a estrutura fornecida, mantendo o formato original e detalhado da ATA 100:


ATA 00 GERAL
ATA 01 POLÍTICA DE MANUTENÇÃO
ATA 02 OPERAÇÕES
ATA 03 SUPORTE
ATA 04 LIMITAÇÕES DE AERONAVEGABILIDADE
ATA 05 LIMITES DE TEMPO / INSPEÇÕES DE MANUTENÇÃO
ATA 06 ÁREAS E ZONAS
ATA 07 ELEVAÇÃO E MACAQUEAMENTO
ATA 08 NIVELAMENTO E PESAGEM
ATA 09 REBOQUE E TAXIAMENTO
ATA 10 ESTACIONAMENTO, AMARRAÇÃO, ARMAZENAGEM E RETORNO AO SERVIÇO
ATA 11 ETIQUETAS E MARCAÇÕES
ATA 12 ABASTECIMENTO
ATA 13 FERRAMENTAS GERAIS E ELEMENTOS DE FIXAÇÃO
ATA 15 INFORMAÇÕES PARA A TRIPULAÇÃO
ATA 16 MUDANÇA DE CONFIGURAÇÃO
ATA 18 ANÁLISE DE VIBRAÇÃO E RUÍDO (APENAS HELICÓPTEROS)

ESPECIFICAÇÃO A.T.A. 100 – SISTEMAS

ATA 21 – AR CONDICIONADO

  • 00 Geral
  • 10 Compressão
  • 20 Distribuição
  • 30 Controle de Pressurização
  • 40 Aquecimento
  • 50 Refrigeração
  • 60 Controle de Temperatura
  • 70 Regulagem de Umidade

ATA 22 – VÔO AUTOMÁTICO

ATA 23 – COMUNICAÇÃO

  • 00 Geral
  • 10 Freqüência (HF)
  • 20 VHF / UHF
  • 30 Sistema de Comunicação com o Passageiro
  • 40 Interfone
  • 50 Áudio
  • 60 Descarga de Estática
  • 70 Monitor de Vídeo e Áudio

ATA 24 – FORÇA ELÉTRICA

  • 00 Geral
  • 10 Acionamento do Gerador
  • 20 Geração AC
  • 30 Geração DC
  • 40 Força Externa
  • 50 Distribuição de Força Elétrica

ATA 25 – EQUIPAMENTO DE CABINE

  • 00 Geral
  • 10 Cabine de Comando
  • 20 Cabine de Passageiro
  • 30 Galley
  • 40 Lavatórios
  • 50 Compartimento de Carga e Acessórios
  • 60 Emergência
  • 70 Compartimento de Acessórios

ATA 26 – PROTEÇÃO DE FOGO

  • 00 Geral
  • 10 Detecção
  • 20 Extinção
  • 30 Supressor de Explosão

ATA 27 – CONTROLES DE VÔO

  • 00 Geral
  • 10 Aileron e Compensador
  • 20 Leme e Compensador
  • 30 Profundor e Compensador
  • 40 Estabilizador Horizontal
  • 50 Flapes
  • 60 Spoiler, Dispositivos de Arrasto e Carenagens Aerodinâmicas Variáveis
  • 70 Travas de Comandos e Amortecedores
  • 80 Dispositivos de Hiper-sustentação

ATA 28 – COMBUSTÍVEL

  • 00 Geral
  • 10 Armazenagem
  • 20 Distribuição
  • 30 Alijamento
  • 40 Indicação

ATA 29 – FORÇA HIDRÁULICA

  • 00 Geral
  • 10 Principal
  • 20 Auxiliar
  • 30 Indicação

ATA 30 – PROTEÇÃO DE CHUVA E GELO

  • 00 Geral
  • 10 Aerofólios
  • 20 Entradas de Ar
  • 30 Pitot e Estática
  • 40 Janelas e Pára-brisas
  • 50 Antenas e Radomes
  • 60 Hélices e Rotores
  • 70 Linhas de Água
  • 80 Detecção

ATA 31 – INSTRUMENTOS

  • 00 Geral
  • 10 Vago
  • 20 Vago
  • 30 Gravações
  • 40 Computador Central
  • 50 Sistema de Aviso Central

ATA 32 – TREM DE POUSO

  • 00 Geral
  • 10 Trem Principal e Portas
  • 20 Trem do Nariz e Portas
  • 30 Extensão e Retração
  • 40 Rodas e Freio
  • 50 Direção
  • 60 Posição e Aviso
  • 70 Trem Suplementar, Skis, Flutuadores

ATA 33 – LUZES

  • 00 Geral
  • 10 Cabine de Comando
  • 20 Cabine de Passageiro
  • 30 Compartimento de Carga e Serviço
  • 40 Exterior
  • 50 Iluminação de Emergência

ATA 34 – NAVEGAÇÃO

  • 00 Geral
  • 10 Previsão do Tempo
  • 20 Atitude e Direção
  • 30 Auxílios de Pouso e Rolagem
  • 40 Sistema de Posição Independente
  • 50 Sistema de Posição Dependente
  • 60 Computação de Posição

ATA 35 – OXIGÊNIO

  • 00 Geral
  • 10 Tripulação
  • 20 Passageiro
  • 30 Portátil

ATA 36 – PNEUMÁTICO

  • 00 Geral
  • 10 Distribuição
  • 20 Indicação

ATA 37 – VÁCUO

  • 00 Geral
  • 10 Distribuição
  • 20 Indicação

ATA 38 – ÁGUA / ESGOTO

  • 00 Geral
  • 10 Potável
  • 20 Lavatório
  • 30 Esgoto
  • 40 Pressurização

ATA 39 – PAINÉIS ELÉTRICOS / ELETRÔNICOS E COMPONENTES MULTIFUNCIONAIS

ATA 49 – APU (UNIDADE AUXILIAR DE POTÊNCIA)

  • 00 Geral
  • 10 Power Plant
  • 20 Motor
  • 30 Combustível do Motor e Controle
  • 40 Ignição e Partida
  • 50 Ar
  • 60 Controles do Motor
  • 70 Indicação
  • 80 Reversores
  • 90 Lubrificação

ATA 51 – ESTRUTURAS

  • 00 Geral

ATA 52 – PORTAS

  • 00 Geral
  • 10 Tripulação/Passageiro
  • 20 Saída de Emergência
  • 30 Carga
  • 40 Serviço
  • 50 Interna
  • 60 Escada
  • 70 Avisos de Porta
  • 80 Trem de Pouso

ATA 53 – FUSELAGEM

  • 00 Geral
  • 10 Estrutura Principal
  • 20 Estrutura Auxiliar
  • 30 Chapas de Revestimento
  • 40 Elementos de Fixação
  • 50 Carenagens Aerodinâmicas

ATA 54 – NACELES / PYLONS

  • 00 Geral
  • 10 Estrutura Principal
  • 20 Estrutura Auxiliar
  • 30 Chapas de Revestimento
  • 40 Elementos de Fixação
  • 50 Carenagens e Fillets

ATA 55 – ESTABILIZADORES

ATA 56 – JANELAS

  • 00 Geral
  • 10 Cabine de Comando
  • 20 Cabine de Passageiro
  • 30 Porta
  • 40 Inspeção e Observação

ATA 57 – ASAS

  • 00 Geral
  • 10 Estrutura Principal
  • 20 Estrutura Auxiliar
  • 30 Chapas de Revestimento
  • 40 Elementos de Fixação
  • 50 Superfícies de Vôo

ATA 61 – HÉLICES

  • 00 Geral
  • 10 Conjunto da Hélice
  • 20 Controle
  • 30 Freio
  • 40 Indicação

ATA 65 – ROTOR

  • 00 Geral
  • 10 Rotor Principal
  • 20 Conjunto do Rotor Anti-Torque
  • 30 Acionamento de Acessórios
  • 40 Controle
  • 50 Freio
  • 60 Indicação

ATA 71 – POWER PLANT

  • 00 Geral
  • 10 Capotas
  • 20 Suportes do Motor
  • 30 Parede de Fogo e Periferia
  • 40 Elementos de Fixação
  • 50 Chicotes Elétricos
  • 60 Entradas de Ar
  • 70 Drenos do Motor

ATA 72 – MOTOR A REAÇÃO / TURBOÉLICE

  • 00 Geral
  • 10 Trem de Engrenagem Redutora / Seção do Eixo (Turboélice)
  • 20 Seção de Entrada de Ar
  • 30 Seção do Compressor
  • 40 Seção de Combustão
  • 50 Seção da Turbina
  • 60 Acionamento de Acessórios
  • 70 Seção By-Pass

ATA 72 – MOTOR CONVENCIONAL

  • 00 Geral
  • 10 Seção Fronteira
  • 20 Seção de Força
  • 30 Seção dos Cilindros
  • 40 Seção de Compressores
  • 50 Lubrificação

ATA 73 – COMBUSTÍVEL DO MOTOR E CONTROLE

  • 00 Geral
  • 10 Distribuição
  • 20 Controle
  • 30 Indicação

ATA 74 – IGNIÇÃO

  • 00 Geral
  • 10 Suprimento de Força Elétrica
  • 20 Distribuição
  • 30 Interrupção

ATA 75 – SANGRIA DE AR

  • 00 Geral
  • 10 Anti-Gelo do Motor
  • 20 Refrigeração dos Acessórios
  • 30 Controle do Compressor
  • 40 Indicação

ATA 76 – CONTROLES DO MOTOR

ATA 77 – INDICAÇÃO DO MOTOR

ATA 78 – DESCARGA

  • 00 Geral
  • 10 Coletor
  • 20 Supressor de Ruído
  • 30 Reversor
  • 40 Ar Suplementar

ATA 79 – LUBRIFICAÇÃO

  • 00 Geral
  • 10 Reservatório
  • 20 Distribuição
  • 30 Indicação

ATA 80 – PARTIDA

ATA 81 – TURBINAS (MOTOR CONVENCIONAL)

  • 00 Geral
  • 10 Recuperação de Potência
  • 20 Turbo-Compressor

ATA 82 – INJEÇÃO DE ÁGUA

  • 00 Geral
  • 10 Armazenagem
  • 20 Distribuição
  • 30 Alijamento e Purgamento
  • 40 Indicação

ATA 83 – CAIXAS DE ACESSÓRIOS

  • 00 Geral
  • 10 Eixo de Acionamento
  • 20 Seção da Caixa

GLOSSÁRIO — ATA 100 (pronto para WordPress)

AMM — Manual de Manutenção de Aeronaves
Documento que descreve procedimentos de manutenção “na aeronave”, como remoção, instalação, testes e ajustes de sistemas e componentes, organizado pela numeração ATA 100.

Assunto (terceiro grupo)
É o detalhamento dentro de uma seção. Indica exatamente “o que” será tratado naquele ponto do manual, permitindo localizar o tema com precisão.

ATA 100 (Norma de padronização)
Sistema que padroniza como fabricantes organizam e apresentam dados técnicos. Divide a aeronave em capítulos e usa uma numeração comum para facilitar a pesquisa e execução de procedimentos.

Capítulo (primeiro grupo)
Tema principal da documentação. Cada capítulo representa um sistema ou área da aeronave (por exemplo, controles de voo, iluminação, oxigênio, fuselagem) e reúne suas seções e assuntos.

CMM — Manual de Manutenção de Componentes
Documento focado na manutenção de um componente específico em bancada (como válvulas ou atuadores), complementando o AMM quando a intervenção vai além do item instalado na aeronave.

Código de função de manutenção (000/400/710)
Parte da numeração que indica o tipo de intervenção: 000 para remoção, 400 para instalação e 710 para teste operacional, entre outros códigos possíveis.

Divisão em grupos (1 a 4)
Agrupamento amplo dos capítulos: Aeronave/Diversos, Sistemas, Estruturas e Grupo Motopropulsor. Ajuda a entender “onde procurar” um assunto antes de entrar nos detalhes.

FIM — Manual de Isolação de Falhas
Guia passo a passo para encontrar a causa de panes. Apresenta fluxos e verificações lógicas para conduzir ao componente ou ajuste correto.

FRM — Manual de Reportagem de Falhas
Orienta como registrar, codificar e interpretar falhas observadas em serviço, padronizando termos e referências usadas por manutenção e operação.

GEM — Manual de Equipamentos de Terra
Lista e descreve ferramentas e equipamentos de apoio usados na manutenção (como macacos, fontes de energia e adaptadores), com especificações e modos de uso.

IPC — Catálogo de Partes Ilustradas
Catálogo com vistas explodidas e códigos das peças. Ajuda a identificar corretamente itens e subconjuntos, cruzando com os capítulos e assuntos correspondentes.

MEL — Lista de Equipamentos Mínimos
Relação de itens que podem estar inoperantes sob certas condições de voo e tempo, definindo prazos e procedimentos compensatórios antes da correção.

NDT — Testes Não Destrutivos
Conjunto de métodos de ensaio (como líquido penetrante, ultrassom e radiografia) que avaliam integridade sem danificar peças, frequentemente referenciados por capítulos.

Numeração ATA 100
Estrutura que localiza a tarefa exata: capítulo.seção.assunto.função e, quando houver, complementos de tarefa/subtarefa. Exemplo: 33.40.01.400 indica capítulo 33, seção 40, assunto 01 e função de instalação.

Práticas Padrão (Standard Practices)
Capítulos de referência com métodos universais (como critérios de reparo, torque e materiais) aplicáveis a vários sistemas, estruturas, hélice/rotor e motor.

Seção (segundo grupo)
Subdivisão do capítulo que agrupa áreas ou locais onde o sistema aparece (por exemplo, compartimento de voo, passageiros, carga, externas, emergência).

SRM — Manual de Reparos Estruturais
Documento com limites, métodos e instruções de reparo para a estrutura (fuselagem, asas, portas, etc.), sempre apontando para o capítulo adequado.

Tarefa/Subtarefa
Índices finais da numeração que diferenciam procedimentos dentro do mesmo assunto. Ajudam a separar variações de execução ou configurações específicas.

WDM — Manual de Diagramas de Fios
Manual com esquemas elétricos e de fiação, indispensável para diagnóstico e intervenções em sistemas elétricos e eletrônicos conforme a numeração padrão.

FAQ — Perguntas Frequentes (pronto para WordPress)

P: Como leio rapidamente um código como 27-11-09-400-801-A?
R: Separe em blocos: capítulo (27), seção (11), assunto (09), função de manutenção (400 = instalação), número da tarefa (801) e, se houver, a letra final como variação. Assim você cai direto no procedimento correto.

P: Para que servem os códigos 000, 400 e 710 dentro da numeração?
R: Eles indicam o tipo de intervenção: 000 é remoção, 400 é instalação e 710 é teste operacional. Existem outros códigos, mas esses três são os mais comuns no dia a dia.

P: Qual a diferença prática entre AMM, CMM, SRM, IPC e WDM?
R: AMM trata da manutenção “na aeronave”; CMM aborda manutenção de componentes em bancada; SRM cobre reparos estruturais; IPC identifica peças e códigos de pedido; WDM mostra os diagramas e interligações elétricas.

P: A ATA 100 também se aplica a helicópteros?
R: Sim. Há capítulos dedicados a rotor principal, transmissão e rotor de cauda, mantendo a mesma lógica de capítulos, seções e assuntos para consulta.

P: O que são “Práticas Padrão” e onde entram nos estudos?
R: São capítulos de referência com métodos universais (por exemplo, critérios de reparo e torque). Eles ajudam a padronizar técnicas que se aplicam a vários sistemas, então valem revisão constante.

P: Como encontro “iluminação externa” usando a ATA 100?
R: Procure o capítulo de iluminação e, dentro dele, a seção que trata de áreas externas. Em seguida, escolha o assunto que melhor descreve o item (por exemplo, farol escamoteável ou fixo).

P: O que significam “tarefa” e “subtarefa” no final do código?
R: São índices que distinguem procedimentos diferentes dentro do mesmo assunto. Ajudam a evitar confusão quando existem variações de um mesmo serviço.

P: Por que a divisão em quatro grandes grupos ajuda no aprendizado?
R: Porque indica, de forma rápida, se o tema está mais ligado à aeronave como um todo, a sistemas, a estruturas ou ao grupo motopropulsor, guiando sua busca desde o início.

P: Quando devo consultar o SRM em vez do AMM?
R: Sempre que a intervenção envolver reparo estrutural (fuselagem, asas, portas etc.). O SRM traz limites, processos e critérios específicos para a estrutura.

P: Qual é o erro mais comum ao usar a numeração?
R: Ignorar a função de manutenção. Dois códigos podem ter o mesmo capítulo/assunto, mas funções diferentes (remoção, instalação, teste) levam a procedimentos distintos.