Revestimento Externo de Aeronaves
As superfícies externas das aeronaves são áreas fundamentais para inspeções e manutenção, devido à sua exposição direta a condições ambientais adversas e operações variadas. Essas áreas são prontamente visíveis e acessíveis, mas apresentam desafios específicos devido às combinações de materiais e configurações que podem complicar a manutenção sob certas condições operacionais.
Corrosão no Revestimento
- Revestimento de Magnésio:
- Apesar de apresentar pouca suscetibilidade à corrosão quando devidamente revestido, as superfícies de magnésio exigem atenção especial em pontos onde tratamentos superficiais foram danificados (ex.: desamassamento, furação ou rebitagem). Tais danos dificultam a completa restauração da proteção original.
- Inspeções:
- Devem focar em bordas, áreas ao redor de reforçadores e regiões onde a pintura está trincada, raspada ou ausente. Esses locais são mais propensos ao início de corrosão.
Dobradiças
- As dobradiças do tipo “tampa de piano”, que combinam metais dissimilares (alumínio e aço), são vulneráveis a ataques corrosivos devido ao acúmulo de sujeira, sal e umidade.
- A lubrificação regular e o movimento durante a inspeção são essenciais para garantir a penetração completa do lubrificante e evitar a corrosão.
Soldagem por Pontos
- Problemas:
- Corrosão entre camadas de metal ocorre quando agentes corrosivos se infiltram nas fendas, levando ao acúmulo de produtos corrosivos e eventual estufamento ou ruptura dos pontos de soldagem.
- Prevenção:
- O uso de selantes ou compostos preservativos para preencher as fendas pode impedir essa deterioração. Inspeções visuais e o uso de ferramentas simples, como lâminas, ajudam a detectar estufamentos iniciais.
O manejo criterioso do revestimento externo e a implementação de medidas preventivas são essenciais para prolongar a vida útil da aeronave e garantir a segurança operacional.