Sensores de Proximidade e Transdutores Diferenciais

Sensores de Proximidade e Transdutores Diferenciais em Aeronaves

Os sensores de proximidade e os transdutores diferenciais são tecnologias modernas utilizadas no controle preciso de motores e no monitoramento da posição de componentes móveis em aeronaves. Esses dispositivos substituem sistemas mecânicos tradicionais, aumentando a confiabilidade e a eficiência.


1. Sensores de Proximidade

  • Definição: Dispositivos de estado sólido que detectam a presença de objetos próximos sem contato físico.
  • Funcionamento:
    • Emitem um campo eletromagnético ou um feixe de radiação.
    • Detectam alterações no campo ou no sinal de retorno causadas pela aproximação de um objeto, chamado “alvo”.
  • Tipos de Sensores:
    • Indutivo: Detecta metais.
    • Capacitivo: Detecta materiais não metálicos, como plásticos.
    • Fotoelétrico: Usa luz para detectar objetos.
  • Características:
    • Alta confiabilidade e longa vida útil devido à ausência de partes móveis.
    • Precisão no posicionamento de componentes como trens de pouso, controles de voo e travas de portas de compartimentos.
    • Necessitam de circuitos eletrônicos adicionais para controlar motores, pois operam em baixos níveis de corrente e tensão.

2. Transdutores Diferenciais

Esses dispositivos medem a posição de componentes móveis, oferecendo dados contínuos de deslocamento. São amplamente usados para controle e feedback em sistemas de motores e servomecanismos.

2.1 Transdutor Diferencial Variável Linear (LVDT)
  • Definição: Sensor que mede deslocamentos lineares com base em princípios de indução eletromagnética.
  • Estrutura:
    • Três bobinas: uma primária (centro) e duas secundárias (laterais) em torno de um núcleo ferromagnético cilíndrico.
    • Núcleo desliza dentro de um tubo, acoplado ao componente móvel cuja posição é monitorada.
  • Funcionamento:
    • Uma corrente alternada na bobina primária induz tensões nas bobinas secundárias.
    • A tensão de saída é a diferença entre as tensões das bobinas secundárias.
    • Quando o núcleo está centralizado, as tensões das bobinas secundárias são iguais e anulam-se (posição nula).
    • O deslocamento do núcleo altera a tensão de saída, indicando sua posição.
  • Aplicações:
    • Controle de servomecanismos de voo.
    • Monitoramento de posições lineares precisas.
2.2 Transdutor Diferencial Variável Rotativo (RVDT)
  • Definição: Sensor para medir deslocamentos angulares.
  • Estrutura:
    • Rotor de dois polos conectado ao componente rotativo.
    • Enrolamentos primário e secundário ao redor do rotor.
  • Funcionamento:
    • Semelhante ao LVDT, mas para movimentos rotacionais.
    • Detecta a posição angular de objetos móveis.
  • Aplicações:
    • Controle de superfícies de voo e outros mecanismos rotativos.

3. Vantagens

  • Sem Contato: Prolongam a vida útil, eliminando desgaste mecânico.
  • Alta Confiabilidade: Resistem a ambientes adversos, sendo selados contra elementos externos.
  • Feedback Preciso: Permitem controle fino de motores e desaceleração gradual antes de pontos de parada.
  • Flexibilidade de Uso: Sensores podem ser instalados em várias posições e são adequados para deslocamentos lineares e rotacionais.

4. Considerações Práticas

  • Sensores de Proximidade:
    • Ideais para substituírem chaves mecânicas de fim de curso, aumentando a confiabilidade.
    • Necessitam de alvos específicos dependendo do tipo de sensor.
  • LVDTs e RVDTs:
    • Fundamentais para aplicações que exigem feedback contínuo de posição.
    • Integrados a sistemas eletrônicos como LRUs para controle de motores e componentes.

Esses dispositivos representam um avanço significativo no controle e automação em aeronaves modernas, atendendo às necessidades de precisão, durabilidade e eficiência em ambientes desafiadores.