Sistema de alimentação de motor a pistão

O sistema de alimentação de motores aeronáuticos é uma parte fundamental para garantir o funcionamento eficiente e seguro das aeronaves. Ele é responsável por fornecer a mistura adequada de ar e combustível ao motor, em condições ideais de pressão e temperatura.

Este post detalha os principais componentes e sub-sistemas envolvidos no processo de alimentação, indução e superalimentação do motor, além dos mecanismos de controle de potência e formação de mistura. A compreensão desses sistemas é essencial para pilotos e engenheiros aeronáuticos, pois impacta diretamente o desempenho e a segurança das operações aéreas.

1. SISTEMA DE ALIMENTAÇÃO

O sistema de alimentação de uma aeronave desempenha um papel fundamental no fornecimento da mistura ar-combustível necessária para o motor funcionar adequadamente. Vamos analisar cada uma das três partes que compõem esse sistema:

1.1 Sistema de Indução:  Essa parte do sistema é responsável por admitir o ar externo, filtrá-lo e aquecê-lo antes de direcioná-lo para os cilindros do motor. O ar é admitido através de um bocal de admissão na carenagem do motor, passando por um filtro que retém impurezas indesejáveis. Em seguida, o ar filtrado é aquecido e direcionado para o sistema de formação de mistura. Esse processo garante que o ar esteja limpo e na temperatura ideal para a mistura com o combustível, contribuindo para uma combustão eficiente.


1.2 Sistema de Formação de Mistura: Nessa etapa, o ar previamente admitido, filtrado e aquecido é misturado com o combustível. Existem dois principais métodos de formação de mistura: carburação e sistema de injeção. A mistura ar-combustível deve estar dentro de uma faixa específica de proporção para garantir uma queima eficiente no motor. A formação correta da mistura é essencial para o desempenho e eficiência do motor.


1.3 Sistema de Superalimentação: O sistema de superalimentação tem como objetivo aumentar a pressão do ar admitido à medida que a aeronave sobe em altitude. Isso é necessário devido à rarefação do ar em altitudes elevadas. Em motores superalimentados, o ar é comprimido antes de ser enviado para a formação da mistura, garantindo um suprimento adequado de ar para o motor em diferentes condições de voo. Esse aumento de pressão ajuda a manter o desempenho do motor mesmo em altitudes elevadas.

2. SISTEMA DE INDUÇÃO

O sistema de indução desempenha um papel crucial no processo de admissão, filtragem, aquecimento e distribuição do ar aos cilindros do motor. Vamos analisar as partes básicas desse sistema, conforme ilustrado:

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

3. Aquecimento do Ar de Admissão: O aquecimento do ar de admissão desempenha um papel crucial na prevenção da formação de gelo no carburador, especialmente em condições de tempo frio e úmido. Vamos analisar como esse processo funciona quando o comando do ar quente é acionado, conforme ilustrado:

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

4. CONTROLE DA POTÊNCIA

No controle da potência de um motor, a válvula de ar, conhecida como borboleta, desempenha um papel fundamental. Vamos analisar como esse controle ocorre e como a pressão no coletor de admissão varia de acordo com a posição da borboleta:

Marcha Lenta: Quando o motor está em marcha lenta, a borboleta fica quase totalmente fechada, permitindo apenas uma quantidade mínima de ar ser admitida. Isso resulta em uma baixa pressão no coletor de admissão, devido à sucção gerada pelos pistões durante os tempos de admissão. Com a borboleta quase fechada, a quantidade de ar admitida é controlada para manter o motor funcionando em uma rotação baixa e estável.

Potência Total: Ao acionar a manete para a posição de potência total, a borboleta se abre completamente. Isso permite que uma quantidade máxima de ar seja admitida no motor. Com a borboleta totalmente aberta, a pressão no coletor de admissão volta ao normal, tornando-se quase igual à pressão atmosférica ao nível do mar, que é de 760 mm ou 29,92 polegadas de mercúrio. Nesse ponto, o motor está recebendo a máxima quantidade de ar possível para produzir a potência máxima disponível.

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

5. SISTEMA DE SUPERALIMENTAÇÃO

O sistema de superalimentação desempenha um papel fundamental na manutenção da potência do motor de uma aeronave à medida que ela ganha altitude e a densidade do ar diminui. Vamos analisar como esse sistema funciona e como ele evita a perda de potência do motor.

6. O COMPRESSOR

O compressor centrífugo é uma parte essencial do sistema de superalimentação de um motor de aeronave. Vamos analisar como esse tipo de compressor funciona, composto por uma ventoinha de alta rotação e um difusor fixo.

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa
Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

7. MANÔMETRO DE PRESSÃO DE ADMISSÃO

O manômetro de pressão de admissão desempenha um papel crucial ao indicar a pressão no coletor de admissão, permitindo que o piloto monitore e controle essa pressão para mantê-la dentro dos limites permitidos. Vamos analisar como esse manômetro funciona e por que motores não superalimentados não necessitam desse equipamento.

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

8. ALTITUDE CRÍTICA

A altitude crítica é um ponto crucial em que o compressor do motor se torna incapaz de manter a pressão de admissão necessária para o funcionamento adequado do motor, resultando na perda de potência. Vamos analisar como isso ocorre e por que a altitude crítica é um fator determinante para o desempenho do motor.

9. ACIONAMENTO DO COMPRESSO

O acionamento do compressor em um motor pode ocorrer de duas formas distintas: por meio do motor ou por uma turbina. Vamos analisar como cada um desses métodos funciona:

Compressor Acionado pelo Motor: Nesse método, o compressor é acionado diretamente pelo motor por meio de engrenagens. As engrenagens aumentam a rotação do compressor, que consome potência do motor para comprimir o ar admitido. Apesar do consumo de potência pelo compressor, o aumento resultante na potência do motor compensa essa perda. O compressor acionado pelo motor é eficaz em fornecer ar comprimido para a mistura ar-combustível, garantindo um desempenho adequado do motor.

Turbocompressor ou Turboventoinha: Em um motor turboalimentado, o compressor é acoplado a uma pequena turbina que aproveita a energia dos gases de escapamento do motor. Essa turbina é acionada pelos gases de escapamento, que geram energia para girar o compressor. O conjunto turbocompressor pode atingir velocidades de rotação superiores a 70 mil RPM, garantindo uma compressão eficiente do ar admitido.

Esse método de acionamento é altamente eficaz em aumentar a potência do motor, aproveitando a energia dos gases de escapamento para comprimir o ar e melhorar o desempenho geral do motor.

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

10. EFEITOS SECUNDÁRIOS DA SUPERALIMENTAÇÃO

A superalimentação em motores apresenta diversos efeitos secundários que devem ser considerados durante a operação. Um desses efeitos é o aquecimento do ar de admissão, que ocorre devido à compressão do ar pelo compressor, o que pode dificultar o trabalho do mesmo. Para contornar esse problema, muitas vezes é utilizado um radiador especial chamado “intercooler” para resfriar o ar, o que contribui para aumentar a potência do motor.

Além disso, o aumento da temperatura do motor é outro efeito secundário da superalimentação. Isso acontece porque o motor superalimentado consome mais ar e combustível, gerando mais calor. Portanto, é necessário prestar maior atenção ao superaquecimento do motor para evitar danos.

Outro ponto a se considerar é o aumento da solicitação mecânica do motor. Com o aumento da potência, as pressões e esforços mecânicos no motor também aumentam, o que pode reduzir o TBO (Time Between Overhauls – tempo entre revisões gerais) se os limites de temperatura do óleo e pressão de admissão não forem observados de forma adequada.

Nos motores turbocomprimidos, é comum encontrar a válvula conhecida como “waste gate”, que tem a função de evitar a compressão excessiva do ar. Essa válvula desvia os gases da entrada da turbina diretamente para o tubo de escape, evitando danos ao sistema. A waste gate pode ser manual ou automática, dependendo do projeto e da necessidade de controle do sistema de superalimentação.

11. SISTEMA DE FORMAÇÃO DE MISTURA

O sistema de formação de mistura é responsável por dosar as quantidades de ar e gasolina na mistura que será utilizada no motor. Existem três processos principais utilizados para esse fim: carburação, injeção indireta e injeção direta.

Carburação: No caso da carburação, a mistura é formada em um carburador, que pode ser de dois tipos: carburador de sucção e carburador de pressão.

Carburador de Sucção: No carburador de sucção, que é o tipo convencional, o combustível é aspirado pela baixa pressão criada pelo próprio fluxo de ar que é aspirado pelo motor. Ou seja, o combustível é puxado para dentro do carburador devido à diferença de pressão gerada pelo movimento do ar.

Carburador de Pressão: no carburador de pressão, o combustível é pulverizado através da pressão de uma bomba que está situada antes do carburador. Nesse caso, o combustível é forçado para dentro do carburador sob pressão, o que garante uma dosagem mais precisa e controlada da mistura ar/combustível.

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

Injeção Indireta: Na injeção indireta, o combustível é pulverizado por um ou mais bicos injetores que estão localizados nos dutos de admissão, antes das válvulas de admissão dos cilindros. Isso significa que o combustível é injetado na entrada do cilindro, misturando-se com o ar antes de entrar na câmara de combustão. Essa mistura ar/combustível é então comprimida e inflamada pela centelha das velas de ignição, resultando na queima e na geração de energia para movimentar o motor.

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

Injeção Direta: Na injeção direta, o combustível é pulverizado diretamente dentro das câmaras de combustão de cada cilindro. Isso significa que o combustível é injetado diretamente no interior do cilindro, sem passar pelos dutos de admissão. Essa técnica permite uma maior precisão no controle da mistura ar/combustível, pois o combustível é injetado diretamente no local onde ocorrerá a queima, resultando em uma combustão mais eficiente e completa.

Fonte: Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

A eficiência e a segurança dos motores aeronáuticos dependem diretamente do funcionamento adequado do sistema de alimentação. Desde a admissão e aquecimento do ar até a superalimentação e formação da mistura, cada componente desempenha um papel crucial.

O conhecimento detalhado sobre esses sistemas permite uma operação otimizada e a mitigação de potenciais problemas, como a formação de gelo no carburador ou a perda de potência em altas altitudes. Portanto, é imprescindível que os profissionais da aviação estejam bem informados sobre os princípios e a manutenção desses sistemas para garantir voos seguros e eficientes.

GLOSSÁRIO — Sistema de Alimentação de Motor a Pistão (em ordem alfabética)

Aquecimento do ar de admissão Processo que eleva a temperatura do ar que entra no motor para evitar a formação de gelo no carburador e melhorar a vaporização do combustível em condições frias e úmidas.

Altitude crítica Altura em que o compressor/turbo não consegue mais manter a pressão de admissão nominal; a partir daí, a potência começa a cair mesmo com manete total.

Bico injetor Componente da injeção que pulveriza o combustível em gotas finas, facilitando a mistura com o ar antes ou dentro da câmara de combustão.

Borboleta (válvula de aceleração) Válvula giratória no corpo de admissão que regula a quantidade de ar que entra no motor; quase fechada em marcha lenta e totalmente aberta em potência máxima.

Câmara de combustão Espaço do cilindro onde a mistura ar-combustível comprimida é inflamada pela vela, gerando energia mecânica.

Carburador de pressão Tipo de carburador em que a bomba envia combustível pressurizado para pulverização mais precisa, melhorando controle da mistura.

Carburador de sucção Carburador convencional em que a baixa pressão causada pelo fluxo de ar “puxa” o combustível para a corrente de ar.

Coletor de admissão Tubo ou câmara que distribui o ar (ou a mistura) aos cilindros e onde é medida a pressão de admissão indicada no manômetro.

Compressor centrífugo Dispositivo da superalimentação que, por meio de uma ventoinha de alta rotação e um difusor, aumenta a pressão do ar admitido.

Densidade do ar Quantidade de massa de ar por volume; diminui com a altitude, reduzindo a potência se não houver superalimentação.

Difusor (do compressor) Parte fixa após a ventoinha que transforma velocidade do ar em aumento de pressão, estabilizando o fluxo para o motor.

Dutos de admissão Condutos que levam o ar (ou a mistura) do sistema de indução até as válvulas de admissão dos cilindros.

Energia dos gases de escapamento Energia térmica e cinética do escape aproveitada para acionar a turbina de um turbocompressor.

Filtragem do ar Etapa do sistema de indução que retém poeira e partículas para proteger o motor e manter a eficiência da combustão.

Formação de gelo no carburador Acúmulo de gelo devido ao resfriamento do ar no venturi e à umidade ambiente; pode reduzir potência ou apagar o motor se não for corrigido.

Formação de mistura Conjunto de processos que combinam ar e combustível na proporção correta para combustão eficiente (carburação ou injeção).

Intercooler Radiador usado para resfriar o ar comprimido pelo compressor/turbo, aumentando densidade do ar e ajudando a elevar a potência.

Injeção direta Sistema em que o combustível é pulverizado diretamente na câmara de combustão, permitindo dosagem precisa e maior eficiência.

Injeção indireta Sistema em que o combustível é pulverizado nos dutos de admissão, antes das válvulas, misturando-se ao ar antes de entrar no cilindro.

Manete de potência Comando de cabine que posiciona a borboleta de aceleração e determina o fluxo de ar (e, indiretamente, a potência produzida).

Manômetro de pressão de admissão Instrumento que indica a pressão dentro do coletor de admissão; essencial para controle de potência em motores super/turboalimentados.

Marcha lenta Condição de funcionamento com borboleta quase fechada, admitindo ar mínimo para manter o motor rodando em baixa rotação estável.

Mistura ar-combustível Proporção entre ar e gasolina admitidos pelo motor; deve ficar em faixa adequada para garantir combustão completa e evitar falhas.

Potência máxima Condição com borboleta totalmente aberta, admitindo o máximo de ar possível para gerar a maior potência disponível.

Pressão atmosférica Pressão do ar ao nível do mar (valor padrão 29,92 inHg / 760 mmHg) usada como referência para leituras e desempenho do motor.

Pressão de admissão Pressão medida no coletor de admissão; aumenta com superalimentação e tende a cair com borboleta fechada ou altitude elevada.

Sistema de alimentação Conjunto que garante ar e combustível na proporção e condições corretas (indução, formação de mistura e superalimentação).

Sistema de indução Parte que capta o ar externo, filtra, aquece quando necessário e o conduz aos cilindros ou ao sistema de mistura.

Sistema de superalimentação Arranjo (compressor ou turbo) que eleva a pressão do ar admitido para compensar a perda de densidade com a altitude.

TBO (Time Between Overhauls) Intervalo recomendado entre revisões gerais do motor; pode diminuir se limites de temperatura e pressão não forem respeitados.

Turbocompressor (turbo) Conjunto de turbina acionada pelos gases de escape e compressor que aumenta a pressão de admissão sem consumir potência mecânica do eixo.

Válvula waste gate Válvula que desvia parte dos gases de escape da turbina para limitar a compressão e evitar excesso de pressão de admissão.

Vela de ignição Componente elétrico que gera a centelha para inflamar a mistura comprimida dentro da câmara de combustão.

FAQ — Sistema de Alimentação de Motor a Pistão

P: Qual é a diferença prática entre carburador de sucção e carburador de pressão? R: No de sucção, o combustível é “puxado” pela baixa pressão criada pelo fluxo de ar; no de pressão, a bomba envia combustível pressurizado para pulverização mais precisa, melhorando o controle da mistura.

P: Quando devo usar o aquecimento do ar de admissão? R: Em condições frias e úmidas, ou quando houver sinais de gelo no carburador (perda de potência, funcionamento irregular). O ar quente derrete o gelo e estabiliza a operação.

P: Por que motores super/turboalimentados usam manômetro de pressão de admissão? R: Porque a potência depende diretamente da pressão no coletor. O instrumento permite monitorar e manter essa pressão dentro dos limites, evitando sobrecarga do motor.

P: O que acontece ao atingir a altitude crítica? R: O compressor/turbo já não mantém a pressão de admissão desejada; a potência começa a cair com a subida, mesmo com manete toda aberta.

P: Intercooler sempre aumenta a potência? R: Em geral sim, porque resfria o ar comprimido, elevando a densidade. Mas o benefício depende do projeto, perdas de pressão e da faixa de operação.

P: Qual o impacto da superalimentação na durabilidade (TBO)? R: Aumenta solicitações térmicas e mecânicas; se limites de temperatura do óleo e pressão de admissão não forem respeitados, o TBO pode reduzir.

P: Em que situação a waste gate deve atuar? R: Quando a pressão de admissão tende a exceder o limite. Ao desviar gases da turbina, a válvula reduz a rotação do compressor e limita a compressão.

P: Injeção direta é sempre melhor que indireta? R: Não necessariamente. A direta oferece precisão e eficiência, mas a indireta pode ter menor custo, simplicidade e boa performance para muitos motores.

P: Por que a borboleta influencia a pressão de admissão? R: Ao fechar, cria grande queda de pressão no coletor pela sucção dos pistões, reduzindo o ar admitido; ao abrir, a pressão tende a se igualar à atmosférica (ou ao valor comprimido).

P: Como o sistema de indução protege o motor? R: Filtra partículas, evita gelo com ar quente quando necessário e garante que o ar chegue em condição adequada para mistura e combustão eficiente.

P: Quais sintomas indicam formação de gelo no carburador? R: Queda gradual de rpm/potência, funcionamento áspero e, em casos graves, apagamento do motor. Acionar ar quente normalmente resolve.

P: Motores sem superalimentação precisam de manômetro de pressão de admissão? R: Em geral não, pois a pressão no coletor acompanha a atmosférica com a borboleta aberta. O instrumento é mais útil em motores super/turboalimentados.

P: Mistura rica ou pobre afeta como? R: Mistura rica esfria mas aumenta consumo e pode sujar velas; mistura pobre economiza combustível, porém pode elevar temperaturas e causar detonação se excessiva.

P: Qual a relação entre densidade do ar e potência? R: Quanto maior a densidade, mais oxigênio entra no cilindro e maior a potência potencial. A altitude reduz densidade; a superalimentação compensa.

P: Por que controlar a potência não é só “abrir a manete”? R: Em motores super/turboalimentados, é preciso respeitar limites de pressão de admissão e temperatura, coordenando manete e, quando aplicável, mistura e ar quente.