No contexto de navegação aérea, um procedimento de espera é usado para gerenciar o tráfego aéreo, organizando aeronaves em uma área designada enquanto aguardam autorização para prosseguir com a abordagem ou outras etapas do voo. Para realizar esse procedimento, a análise de aspectos técnicos e a execução precisa das etapas são essenciais.
Aspectos a considerar antes da espera:
- Setor de aproximação: Determina a orientação inicial da aeronave em relação ao ponto de espera.
- Tipo de espera: Define a direção das curvas (padrão, à direita; ou não-padrão, à esquerda).
- Auxílio rádio ou fixo: O ponto de espera pode ser balizado por NDB, VOR, ou outros auxílios.
- Tipo de entrada: Baseia-se no setor de aproximação e inclui três variações principais: direta, paralela ou deslocada.
- Proas durante a entrada: Calculadas para ajustar o alinhamento à trajetória de espera.
- Nível de voo e restrições: Estabelece limites de altitude, velocidade e distância.
Exemplo Prático: Aeroporto SBKG (Campina Grande), pista 15:
- Aproximação pelo setor oeste (QDM 090).
- Espera padrão balizada por um NDB.
- Rumos principais: afastamento (159°) e aproximação (339°).
- Entrada deslocada: escolhida devido às curvas menores necessárias para estabilizar na trajetória.
Passos detalhados para execução:
- Ao bloquear o NDB, ajustar a proa para 129° e iniciar cronometragem.
- Após 1 minuto, realizar curva para interceptar o QDM 339°.
- Estabilizar no QDM 339°, rebloqueando o NDB.
- No rebloqueio, ajustar para a proa 159°.
- Ao atingir o través do NDB (marcação relativa de 90°), iniciar cronometragem para a perna de afastamento.
- Após 1 minuto, curvar para interceptar novamente o QDM 339° e repetir o ciclo.
Esses procedimentos são projetados para manter a organização e a segurança em espaços aéreos controlados, garantindo que todas as aeronaves sigam padrões previsíveis de voo durante a espera.