Efeito Pelicular
O efeito pelicular ocorre em condutores que transportam correntes alternadas de alta frequência (HF). Quando a frequência da corrente aumenta, surge uma distribuição desigual da densidade da corrente no condutor, concentrando o fluxo na sua superfície externa. Essa tendência se deve ao fenômeno físico de indução eletromagnética, no qual os campos magnéticos gerados pela própria corrente causam uma oposição ao fluxo interno da corrente elétrica.
Na prática, isso significa que, em altas frequências, a maior parte da corrente elétrica é conduzida na camada mais externa do condutor, chamada de “pele”. Por esse motivo, a resistência efetiva do condutor aumenta, já que a área útil para a passagem da corrente é reduzida. Esse fenômeno pode causar perdas de energia e afetar a eficiência de sistemas de transmissão e componentes eletrônicos que operam em alta frequência.
Para mitigar o efeito pelicular, técnicas como o uso de condutores com maior área superficial (ex.: fios trançados ou condutores ocos) ou materiais com baixa resistividade são aplicadas. Em aplicações de alta frequência, como nos sistemas aviônicos, onde a transmissão de sinais de rádio ou outros sistemas de comunicação é comum, o efeito pelicular deve ser considerado no projeto de cabos e circuitos para minimizar impactos na performance.