Magnetismo residual
O magnetismo residual é a quantidade de magnetismo que permanece em um eletroímã mesmo após ele ter sido desenergizado, ou seja, depois que a corrente elétrica que alimentava o sistema é interrompida. Esse fenômeno ocorre devido à capacidade dos materiais ferromagnéticos de reter parte do alinhamento dos domínios magnéticos que foi induzido pelo campo magnético gerado durante a energização.
Nos eletroímãs, o núcleo, geralmente feito de ferro ou uma liga ferromagnética, apresenta essa característica de reter parte do magnetismo porque seus domínios magnéticos não retornam completamente ao estado aleatório original após a remoção do campo externo. Isso acontece por conta das propriedades magnéticas intrínsecas do material, como sua histerese magnética, que é a resistência ao desmagnetismo.
Esse magnetismo residual pode ser útil em algumas aplicações, mas também pode ser indesejado em outras. Em sistemas de aeronaves, por exemplo, ele pode influenciar instrumentos sensíveis como bússolas magnéticas, gerando erros de leitura. Por isso, em alguns casos, é necessário realizar procedimentos de desmagnetização para eliminar ou reduzir o magnetismo residual em componentes que possam interferir na operação dos sistemas aviônicos.
A compreensão do magnetismo residual é essencial para o diagnóstico e manutenção de sistemas eletromagnéticos, especialmente em contextos críticos como a aviação, onde a precisão e confiabilidade dos sistemas são fundamentais.