Medidor de Fadiga

Medidor de Fadiga

O circuito elétrico do medidor de fadiga é alimentado por 28 VCC e contém um microinterruptor que ativa o medidor somente durante o voo. O sistema inclui indutores e capacitores (L1, L2, C1 e C2) que funcionam como filtros de supressão de interferência de rádio.

A operação ocorre com base na detecção de uma aceleração específica, como +4,5G. A massa sensora controla a escova móvel, que ao atingir um segmento do comutador correspondente à aceleração, coloca uma massa no ponto "T" do contador eletromagnético. Com isso, a bobina iniciadora é energizada, acionando o relé. Este relé alimenta a bobina contadora, limitando a corrente através do resistor R2, e registra a contagem. Em seguida, a bobina mantenedora mantém o relé energizado por meio de 28 VCC e do resistor R1, mesmo após a escova sair do segmento do comutador.

O relé permanece ativado até que uma massa no ponto "S" do contador desenergize a bobina mantenedora, interrompendo o circuito. O diodo D1 protege o sistema contra centelhamento ao suprimir picos de tensão. O sistema registra as acelerações sofridas pela aeronave transformando o movimento da massa sensora em movimento rotativo da escova, que registra o valor proporcional no contador.

Medidor de Fadiga

O medidor de fadiga é um dispositivo composto por um acelerômetro e registrador de dados, projetado para monitorar as acelerações verticais experimentadas por uma aeronave durante o voo. Esse equipamento é instalado próximo ao centro de gravidade (CG) da aeronave e tem a função específica de registrar a quantidade de vezes que determinadas faixas de aceleração são excedidas, abrangendo valores entre -2,5g e +8,0g.

Para garantir que apenas as acelerações em voo sejam registradas, a alimentação elétrica do sistema é controlada por um microinterruptor, que pode ser acionado pelo trem de pouso ou pelo velocímetro da aeronave. O sistema conta com oito contadores eletromagnéticos, cada um configurado para registrar uma faixa de aceleração específica.

O funcionamento do medidor é baseado em dois estados operacionais: travado e destravado. Quando o valor de aceleração atinge uma faixa limite pré-determinada, o contador é travado; ele é destravado ao retornar próximo ao valor de 1g, completando a contagem. Essa diferença de aceleração é chamada de faixa limite, e o projeto do sistema visa a registrar apenas variações lentas do fator de carga, excluindo aquelas causadas por vibrações de alta frequência, que geralmente não resultam em fadiga significativa.

O acelerômetro possui um sistema mecânico que controla a resposta de frequência, composto por molas principais e secundárias, massas e um amortecedor proporcional à velocidade, garantindo alta precisão na detecção de acelerações relevantes. Esse projeto também aumenta a durabilidade e a confiabilidade do sistema ao reduzir o fator de carga sobre o amortecimento.

Adicionalmente, o medidor de fadiga é equipado com um mecanismo de trava de segurança para proteger o acelerômetro contra danos durante o transporte e manuseio, imobilizando o sistema antes de sua instalação na aeronave.

Medidor de fadiga

A aeronave durante o voo está sujeita a diferentes acelerações que geram esforços estruturais acumulativos, provocando o fenômeno de fadiga estrutural. A fadiga de uma estrutura é definida por testes realizados sob condições operacionais que determinam o número limite de ciclos de carga suportados antes que a falha ocorra.

Para monitorar esse comportamento, utiliza-se um acelerômetro instalado próximo ao centro de gravidade (CG) da aeronave. Este dispositivo registra as acelerações verticais ocorridas durante o voo e contabiliza o número de ciclos que excedem um valor pré-determinado de aceleração. Os dados coletados pelo acelerômetro, quando analisados em conjunto com informações adicionais, permitem uma estimativa precisa da vida útil residual da estrutura da aeronave. Assim, é possível prever e planejar a manutenção preventiva, evitando falhas críticas devido ao excesso de fadiga acumulada.