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No ciclo teórico, a ignição ocorre exatamente no Ponto Morto Superior (PMS), e a combustão é idealizada como instantânea. Porém, no ciclo real, a combustão possui uma duração finita, necessitando um avanço na ignição em relação ao PMS para que o processo de combustão seja completado no momento ideal, garantindo o máximo aproveitamento do trabalho gerado pelos gases em expansão.

Se a ignição ocorresse exatamente no PMS no ciclo real, o atraso na combustão resultaria em uma aplicação inadequada da força durante o curso descendente do pistão, reduzindo a eficiência do motor.

O avanço da ignição é expresso em graus angulares antes do PMS e varia conforme a rotação do motor. Em baixas rotações, o avanço é menor devido à velocidade reduzida do pistão, permitindo que a combustão ocorra de forma sincronizada com o deslocamento. Em rotações mais altas, o avanço deve ser maior, pois o menor tempo disponível entre os eventos exige que a ignição ocorra mais cedo para acompanhar o ciclo do motor.

Por exemplo, uma especificação típica pode ser: “25º antes do PMS a 2450 RPM”. Essa configuração é ajustada para proporcionar o equilíbrio entre eficiência e desempenho em diferentes regimes de operação do motor.