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Nos motores de aeronaves com cilindros dispostos horizontalmente opostos, como nos motores de configuração “boxer”, o arrefecimento utiliza um sistema de fluxo forçado que é altamente eficiente devido à forma como o vento gerado pela hélice é direcionado e controlado.

  1. Entrada de Ar na Carenagem: O vento gerado pela hélice entra pelas aberturas frontais da carenagem do motor. Essas aberturas são projetadas para captar o máximo de fluxo de ar e criar uma área pressurizada na parte superior dos cilindros.
  2. Pressurização e Fluxo Descendente: A área pressurizada guia o ar para baixo, obrigando-o a passar entre as alhetas de resfriamento dos cilindros. As alhetas dissipam o calor gerado pelo motor de maneira uniforme, aproveitando ao máximo o fluxo de ar forçado.
  3. Saída de Ar e Controle pelo Flape de Arrefecimento: Após absorver o calor das alhetas, o ar quente é expelido por uma abertura na parte inferior da fuselagem. O fluxo de saída é frequentemente regulado por um flape de arrefecimento (“cowl flap”), que pode ser ajustado para otimizar o arrefecimento e minimizar o arrasto aerodinâmico. Em condições de voo mais exigentes, como subidas ou táxi prolongado, os flapes são mantidos abertos para maximizar a troca de calor. Já em cruzeiro, podem ser parcialmente fechados para reduzir o arrasto enquanto ainda fornecem arrefecimento suficiente.
Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa