Sistema Venturi
O sistema Venturi, empregado em aviões leves monomotores, utiliza a diferença de pressão criada pela passagem de ar através de um tubo de Venturi para gerar a sucção necessária ao funcionamento de giroscópios de bordo. Os principais componentes desse sistema incluem o tubo de Venturi montado externamente na fuselagem e as linhas de conexão ao giroscópio.
A sucção gerada pelo sistema Venturi se baseia na velocidade aerodinâmica do avião. Com velocidades próximas a 100 m.p.h. em condições padrão ao nível do mar, o ar que passa pelo estreitamento do tubo de Venturi provoca uma queda de pressão na região da garganta, suficiente para acionar os instrumentos. Normalmente, um tubo de Venturi de duas polegadas é suficiente para operar indicadores simples, como o de curva e derrapagem, enquanto um tubo adicional de oito polegadas é utilizado para equipamentos mais complexos, como os indicadores de atitude e direção.
Entre suas vantagens estão o baixo custo e a simplicidade de instalação e operação. Contudo, há limitações significativas: a variação da densidade do ar, alterações na velocidade do avião e obstruções como gelo podem comprometer o desempenho do sistema, prejudicando a rotação do giroscópio. Além disso, como o rotor atinge sua velocidade operacional somente após a decolagem, os instrumentos não podem ser verificados durante a inspeção pré-voo. Por esse motivo, esse sistema é mais adequado para aviões de treinamento que operam em condições meteorológicas favoráveis e velocidades constantes.
Em aeronaves que voam em condições mais adversas, como grandes variações de altitude e velocidade, é necessário o uso de sistemas mais eficientes e independentes da velocidade aerodinâmica, como bombas de vácuo mecânicas ou elétricas.