Tratamento térmico e ligas aeronáuticas
O intervalo entre a retirada de uma peça do forno e o início do resfriamento é crítico para manter as propriedades do material tratado. Especialmente em ligas de alumínio como as 2017, 2024 e 7075, este tempo deve ser o mais curto possível, idealmente inferior a 10 segundos no caso de chapas mais finas. Para seções mais espessas, pode haver uma tolerância ligeiramente maior.
Se o material resfriar levemente antes do início do processo de resfriamento controlado, pode ocorrer a precipitação de partículas da solução sólida. Esta precipitação normalmente se dá nas vizinhanças dos grãos ou ao longo de planos preferenciais, resultando em formações inadequadas que prejudicam a resistência do material. No caso das ligas mencionadas, essa formação pode comprometer a resistência à corrosão intergranular, um fator crítico para a durabilidade e integridade estrutural em aplicações aeronáuticas.
A falha em seguir esses intervalos e condições de tratamento pode resultar em defeitos estruturais significativos, comprometendo a segurança e a performance do componente tratado. Portanto, o controle rigoroso desse processo é essencial na indústria aeroespacial.
