Instalação da Bússola
A bússola aeronáutica deve ser instalada de forma que a linha que passa pelo pivô do cartão e pela linha de fé fique paralela ao eixo longitudinal da aeronave. O suporte do pivô do cartão deve ser perpendicular ao horizonte quando o avião estiver nivelado. A acessibilidade à câmara compensadora e aos parafusos de ajuste é fundamental para facilitar manutenções.
Os materiais utilizados na montagem, como braçadeiras e parafusos, devem ser não magnéticos (latão ou duralumínio) para evitar distorções no campo magnético da bússola. Campos magnéticos próximos, como os gerados por equipamentos elétricos e rádio, devem ser evitados, pois criam interferências, especialmente se forem variáveis, como os causados por trens de pouso e fluxos de corrente.
O magnetismo permanente nas proximidades pode ser compensado até certo ponto, mas campos variáveis são mais difíceis de controlar. Durante a instalação, são realizados serviços de substituição de lâmpadas, verificação do sistema de iluminação e compensação de erros. Se a bússola apresentar líquido turvo, limbo travado, marcas ilegíveis ou funcionamento inadequado, deve ser substituída.
O processo de compensação é crucial após a instalação para minimizar erros provocados por influências magnéticas locais. Ele consiste em ajustar a bússola dentro de limites aceitáveis e registrar os desvios. Desvios superiores a 25° antes da compensação e superiores a 10° após o processo indicam necessidade de intervenção. Ajustes periódicos são necessários, especialmente após modificações nos sistemas elétricos ou mecânicos da aeronave.
Os principais fatores que afetam a eficiência da bússola são: instalação inadequada, vibração, magnetismo e erros de curva ao norte. Para minimizar esses problemas, projetistas reduzem a suscetibilidade a vibrações e interferências magnéticas, mas o magnetismo induzido pelas operações da aeronave ao longo do tempo continua sendo um desafio constante.
O erro de uma bússola resulta da diferença angular entre o norte verdadeiro e o norte indicado, sendo composto pela variação (influência magnética da Terra) e pelo desvio (influência do avião). A proa da aeronave é lida observando-se a posição do cartão em relação à linha de fé visível na janela frontal da bússola.