Com a crescente quantidade de dispositivos eletrônicos sofisticados e sensíveis em aeronaves modernas, a blindagem tornou-se essencial para proteger circuitos elétricos contra interferências eletromagnéticas (EMI). Esse processo envolve o revestimento metálico de fios e equipamentos, formando um “escudo” que reduz os efeitos da EMI ao redirecionar a energia eletromagnética para o aterramento da aeronave.
A blindagem, aplicada ao redor dos condutores primários, geralmente utiliza uma malha trançada de cobre ou, em alguns casos, uma folha metálica fina. Isso bloqueia a EMI ao impedir que os campos eletromagnéticos externos induzam tensões nos fios internos. Em aplicações mais críticas, pode ser utilizada uma dupla blindagem para maior proteção.
Além disso, a blindagem também protege os sistemas contra os campos de radiação de alta intensidade (HIRF), que podem ser gerados por fontes externas, como antenas de alta potência. Esses campos podem causar falhas em equipamentos eletrônicos sensíveis se não houver proteção adequada. Por isso, aeronaves modernas utilizam cabos blindados e alojam equipamentos eletrônicos em invólucros metálicos, submetendo-os a rigorosos testes HIRF antes da certificação.
Por exemplo, computadores de piloto automático são instalados em caixas metálicas e conectados com cabos blindados para garantir compatibilidade eletromagnética e segurança operacional. Essa prática é indispensável para reduzir falhas e proteger tanto os sistemas da aeronave quanto os passageiros.