A eletricidade estática é caracterizada por cargas elétricas em repouso, ou seja, cargas que não estão em movimento contínuo, como ocorre na corrente elétrica. Essas cargas se acumulam em uma superfície devido ao desequilíbrio entre os prótons (cargas positivas) e os elétrons (cargas negativas). Esse fenômeno pode ocorrer quando materiais diferentes entram em contato e, em seguida, são separados, resultando na transferência de elétrons de um material para outro.
A principal causa desse desequilíbrio está na capacidade dos materiais de doar ou receber elétrons. Materiais que perdem elétrons ficam carregados positivamente, enquanto aqueles que os ganham adquirem uma carga negativa. Esse tipo de acúmulo de carga é comum em superfícies isolantes, pois elas não permitem que os elétrons se movimentem livremente para neutralizar as cargas acumuladas.
O acúmulo de eletricidade estática é um fenômeno amplamente observado no cotidiano, como em roupas que “grudam” após serem retiradas da secadora ou em descargas eletrostáticas ao tocar objetos metálicos após andar sobre um carpete. Na aviação, a eletricidade estática também é um fator crítico. Durante o voo, o atrito entre o ar e a fuselagem da aeronave pode gerar acúmulo de cargas. Para evitar problemas, como interferências em sistemas aviônicos ou até mesmo risco de faíscas, são instalados dispositivos chamados disjuntores de estática (ou “static dischargers”) nas superfícies das asas e do estabilizador, que ajudam a dissipar as cargas acumuladas de forma segura.
O controle da eletricidade estática é essencial para prevenir descargas eletrostáticas indesejadas que podem causar danos a componentes eletrônicos sensíveis ou até mesmo provocar ignições em ambientes com atmosferas inflamáveis. O uso de materiais condutivos e aterramento eficiente são práticas comuns para controlar esse fenômeno em diversas aplicações industriais e aeronáuticas.