Os indicadores de temperatura bimetálicos monitoram a temperatura dos cilindros em motores a pistão e dos gases de escapamento em motores a turbina. Nos motores a pistão, a temperatura do cilindro é medida por um termômetro instalado em um cilindro crítico, geralmente o mais quente. Já nos motores a turbina, utilizam-se sondas de termopares no cone de escapamento para medir a temperatura dos gases.
Um termopar é um circuito composto por dois metais distintos unidos em duas junções. Quando uma junção é exposta a uma temperatura mais alta que a outra, uma força eletromotiva (fem) é gerada no circuito. A magnitude dessa força varia conforme a diferença de temperatura entre as junções quente e fria. Com a calibração de um galvanômetro em graus, o sistema torna-se um termômetro preciso.
Termopares usados em motores a pistão são geralmente feitos de ferro e constantan, enquanto nos motores a jato são preferidos os de cromel e alumel. Cada sonda de termopar é projetada para fornecer uma resistência específica ao circuito, o que impede modificações no comprimento sem uma compensação adequada. Os termopares mais comuns incluem os tipos gaxeta, utilizados em velas de ignição, e baioneta, que se encaixam diretamente na cabeça do cilindro.
Além disso, o sistema de indicação de temperatura inclui um mecanismo de compensação para variações na temperatura ambiente da cabine, usando uma mola bimetálica. Essa compensação garante a precisão da leitura, mesmo em diferentes condições operacionais. Quando a sonda é desconectada, o instrumento pode exibir a temperatura da cabine devido à ação da mola compensadora.
Esses sistemas são vitais para monitorar as condições térmicas dos motores, prevenindo falhas e garantindo a segurança operacional da aeronave.