800 PERGUNTAS ANAC DE CÉLULAS + BÁSICO

Muitos procuram material de qualidade e que reúna as principais perguntas da banca anac de células para mecânico de Manutenção de aeronaves. Então vou deixar aqui um resumo de células e simulado completos.

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GLOSSÁRIO — CÉLULAS + BÁSICO (ANAC/MMA)

Índice (A–Z):
AileronAlcladAleta/Estabilizador VerticalAlongamento (Aspect Ratio)AsaBuchas (Bushing)Caixa de Torção (Torque Box)Centro de Gravidade (CG)Chapa de Reforço (Doubler)CompósitosCorrosãoDiedroDobradiça (Hinge)Empenagem (Tail Unit)Entelagem (Fabric Covering)Envoltória de VooEstabilidade LongitudinalEstabilidade Lateral/DirecionalFail-SafeFlauta/Longarina Secundária (Stringer)FlapFrenagem Aerodinâmica (Speed Brake)FuselagemGabarito de RebitesGusset (Chapa/Trava de Canto)HoneycombLongarina (Spar)Lugs/OlhaisMonocoqueNDT/ENDNervura (Rib)Oleo-PneumáticoPerfil Aerodinâmico (Airfoil)Rebites (AN426/AN470, etc.)Reparo — Embutido (Flush Patch)Reparo — Sobreposto (Lap Patch)Semi-MonocoqueSlatTab de Compensação (Trim Tab)Têmpera/T-TratamentosTitânio, Magnésio, AçosTorquímetro/TorqueTrem de PousoVincos/Amassamento (Dents)WingletZona Neutra (Neutral Axis)


<a id=”aileron”></a>
“aileron”] Aileron
Superfície móvel na asa que controla o rolamento (movimento em torno do eixo longitudinal). Deflexões opostas nos ailerons esquerdo/direito fazem a aeronave inclinar para o lado desejado.

<a id=”alclad”></a>
“alclad”] Alclad
Chapado de alumínio com camada fina de liga rica em alumínio (alta resistência à corrosão) laminada sobre liga estrutural (ex.: 2024-T3). Une resistência com proteção.

<a id=”aleta”></a>
“aleta”] Aleta/Estabilizador Vertical
Parte da empenagem que fornece estabilidade direcional; junto com o leme, controla o movimento de guinada (yaw).

<a id=”aspect-ratio”></a>
“aspect-ratio”] Alongamento (Aspect Ratio)
Relação envergadura²/área da asa. Alongamento alto tende a melhorar eficiência em cruzeiro (menor arrasto induzido).

<a id=”asa”></a>
“asa”] Asa
Estrutura que gera sustentação. Suporta cargas por longarinas, nervuras, revestimento (muitas vezes semi-monocoque) e pode incorporar flaps, slats, ailerons.

<a id=”bucha”></a>
“bucha”] Buchas (Bushing)
Insertos cilíndricos que reduzem desgaste e folga em articulações/ligamentos; comumente de bronze ou aço tratado.

<a id=”torque-box”></a>
“torque-box”] Caixa de Torção (Torque Box)
Volume estrutural fechado formado por longarinas, painéis e nervuras, resistindo a torções e flexões da asa.

<a id=”cg”></a>
“cg”] Centro de Gravidade (CG)
Ponto onde o peso total é considerado aplicado. Sua posição influencia estabilidade e controle; deve permanecer no envelope aprovado.

<a id=”doubler”></a>
“doubler”] Chapa de Reforço (Doubler)
Peça adicional aplicada para redistribuir tensões em áreas críticas, como juntas, furos ou reparos.

<a id=”compostos”></a>
“compostos”] Compósitos (CFRP/GFRP)
Materiais laminados (fibra + matriz) com alta razão resistência/peso. Requerem técnicas específicas de END, reparo e cura.

<a id=”corrosao”></a>
“corrosao”] Corrosão
Degradação eletroquímica dos metais. Tipos comuns: galvânica, por pite, intergranular. Prevenção com selantes, primers, drenagem e inspeções.

<a id=”diedro”></a>
“diedro”] Diedro
Ângulo de inclinação da asa (ponta acima da raiz). Aumenta estabilidade lateral.

<a id=”dobradica”></a>
“dobradica”] Dobradiça (Hinge)
Articulação que permite o movimento de superfícies de controle (aileron, leme, profundor). Deve ter folga e lubrificação dentro do limite.

<a id=”empenagem”></a>
“empenagem”] Empenagem (Tail Unit)
Conjunto traseiro: estabilizador horizontal/vertical, profundor, leme. Garante estabilidade e controle longitudinal/direcional.

<a id=”entelagem”></a>
“entelagem”] Entelagem (Fabric Covering)
Revestimento em tecido (tradicional em aeronaves leves). Requer tensionamento, dope/selantes e inspeções contra UV, rasgos e umidade.

<a id=”envelopedevoo”></a>
“envelope-de-voo”] Envoltória de Voo
Faixa segura de velocidades, altitudes e cargas (n) na qual a aeronave pode operar sem exceder limites estruturais.

<a id=”estabilidade-longitudinal”></a>
“estabilidade-longitudinal”] Estabilidade Longitudinal
Tendência natural de retornar ao ângulo de ataque após perturbação em arfagem; depende de CG, downwash, profundor.

<a id=”estabilidade-lat-dir”></a>
“estabilidade-lateral-direcional”] Estabilidade Lateral/Direcional
Capacidade de recuperar rolagem/guinada após distúrbio. Relaciona-se a diedro, área vertical e distribuição de massa.

<a id=”failsafe”></a>
“fail-safe”] Fail-Safe
Filosofia de projeto com caminhos alternativos de carga; se um elemento falha, outros assumem até a deteção e correção.

<a id=”stringer”></a>
“stringer”] Flauta/Longarina Secundária (Stringer)
Perfis longitudinais do revestimento, ajudando a resistir a compressão e flambagem da pele.

<a id=”flap”></a>
“flap”] Flap
Dispositivo hipersustentador na borda de fuga que aumenta CL e permite decolagens/pousos em velocidades menores.

<a id=”speedbrake”></a>
“speed-brake”] Frenagem Aerodinâmica (Speed Brake)
Painéis que se abrem no escoamento para aumentar arrasto e reduzir velocidade.

<a id=”fuselagem”></a>
“fuselagem”] Fuselagem
Corpo principal da aeronave. Em semi-monocoque, o revestimento trabalha junto de cavernas, longarinas e stringers.

<a id=”gabarito-rebites”></a>
“gabarito-de-rebites”] Gabarito de Rebites
Ferramenta/placa guia para furação e espaçamento corretos de linhas de rebites conforme o projeto.

<a id=”gusset”></a>
“gusset”] Gusset (Chapa/Trava de Canto)
Peça plana que amarra elementos (ex.: longarina-nervura), rigidificando cantos e pontos de união.

<a id=”honeycomb”></a>
“honeycomb”] Honeycomb
Sanduíche com núcleo em favo (alumínio/nomex) entre faces delgadas: altíssima rigidez com baixo peso.

<a id=”longarina”></a>
“longarina”] Longarina (Spar)
Elemento principal da asa que suporta flexão. Normalmente duas (dianteira/traseira) integradas à caixa de torção.

<a id=”lugs”></a>
“lugs”] Lugs/Olhais
Olhais usados em junções (pinos/parafusos). Devem ser inspecionados para trincas, ovalização e corrosão.

<a id=”monocoque”></a>
“monocoque”] Monocoque
Estrutura onde a pele suporta a maior parte das cargas. Mais leve, porém sensível a danos localizados.

<a id=”ndt”></a>
“ndt”] NDT/END (Ensaios Não Destrutivos)
Técnicas de inspeção (LP, PM, UT, ET, RT) que detectam descontinuidades sem danificar a peça.

<a id=”nervura”></a>
nervura”] Nervura (Rib)
Perfil interno que forma o contorno da asa e distribui cargas do revestimento para as longarinas.

<a id=”oleo-pneumatico”></a>
“oleo-pneumatico”] Oleo-Pneumático
Amortecedor do trem de pouso que usa óleo (dissipa energia) e nitrogênio (ressort) para absorver impactos.

<a id=”airfoil”></a>
“perfil-aerodinamico”] Perfil Aerodinâmico (Airfoil)
Seção transversal da asa/superfície. Geometrias diferentes mudam CL, CD e comportamento em estol.

<a id=”rebites”></a>
“rebites”] Rebites (AN426/AN470, etc.)
Elementos de fixação permanentes. AN426 (cabeça escareada) para flush; AN470 (universal) quando saliência é aceitável. Ligas AD (2117) e D (2017) comuns.

<a id=”reparo-flush”></a>
“reparo-embutido”] Reparo — Embutido (Flush Patch)
Reparo nivelado ao revestimento, preservando aerodinâmica. Exige escareamento e controle dimensional rigoroso.

<a id=”reparo-lap”></a>
“reparo-sobreposto”] Reparo — Sobreposto (Lap Patch)
Chapa sobreposta com rebites. Mais simples de executar, porém deixa saliência e possível concentração de tensões.

<a id=”semi-monocoque”></a>
“semi-monocoque”] Semi-Monocoque
Estruturas com pele trabalhando em conjunto com cavernas, longarinas e stringers. Padrão em aeronaves metálicas modernas.

<a id=”slat”></a>
“slat”] Slat
Dispositivo na borda de ataque que adianta o estol, permitindo maiores ângulos de ataque sem separação.

<a id=”trimtab”></a>
“trim-tab”] Tab de Compensação (Trim Tab)
Pequena aba ajustável que neutraliza esforços no manche/pedais, mantendo atitude com menor força aplicada.

<a id=”tempera”></a>
“tempera”] Têmpera/T-Tratamentos
Condição metalúrgica (ex.: T3, T6) que define resistência e ductilidade das ligas de alumínio.

<a id=”metais”></a>
“metais-estruturais”] Titânio, Magnésio, Aços
Metais usados por resistência, temperatura e peso. Titânio: alta resistência/corrosão; magnésio: leve, porém reativo; aços: altíssima resistência.

<a id=”torquimetro”></a>
“torquimetro”] Torquímetro/Torque
Ferramenta para aplicar aperto controlado em parafusos/porcas, evitando sobrecarga ou folga.

<a id=”tremdepouso”></a>
“trem-de-pouso”] Trem de Pouso (Landing Gear)
Conjunto de absorção de impacto, rodas/freios, direção (no nariz) e retração. Deve suportar cargas de pouso, taxi e decolagem.

<a id=”dents”></a>
“dents”] Vincos/Amassamento (Dents)
Deformações plásticas no revestimento. Avaliados por profundidade, diâmetro e proximidade de juntas para aceitação/reparo.

<a id=”winglet”></a>
winglet”] Winglet
Extensão na ponta da asa que reduz vórtices e arrasto induzido, melhorando eficiência.

<a id=”zona-neutra”></a>
“zona-neutra”] Zona Neutra (Neutral Axis)
Região na seção onde a tensão normal é zero durante a flexão; acima/compressão e abaixo/tração (ou vice-versa).


FAQ — PERGUNTAS FREQUENTES

P: Como decidir entre um reparo embutido (flush) e um sobreposto (lap)?
R: Use flush quando a aerodinâmica exigir superfície lisa (escoamento crítico) e houver espessura suficiente para escarear/rebaixar. Use lap quando a prioridade for simplicidade, rapidez e a saliência não comprometer desempenho. Sempre siga o manual estrutural e limites de danos.

P: O que diferencia monocoque de semi-monocoque na prática de manutenção?
R: No monocoque, a pele leva quase toda a carga — danos locais exigem cuidados extras para não comprometer a integridade global. No semi-monocoque, a pele compartilha carga com cavernas/longarinas/stringers, tornando reparos mais tolerantes e comuns.

P: Por que o Alclad é tão usado em revestimentos de asa e fuselagem?
R: Ele combina resistência da liga base (ex.: 2024-T3) com proteção contra corrosão da camada pura de alumínio, reduzindo peso de pintura e manutenção.

P: Quando devo suspeitar de corrosão galvânica?
R: Sempre que houver metais diferentes em contato (ex.: parafuso de aço em alumínio) e umidade. Procure pó branco (alumínio), vermelho (aço) e use selantes, primers e isoladores.

P: O que é a caixa de torção da asa e por que é crítica?
R: É o “caixote” estrutural fechado que resiste à torção. Danos/cracks na caixa afetam rigidez e podem migrar; inspeções e reparos devem seguir especificações rígidas.

P: Como os flaps e slats reduzem a velocidade de pouso?
R: Flaps aumentam área e curvatura, elevando CL em baixas velocidades; slats atrasam a separação na borda de ataque, permitindo ângulos de ataque maiores sem estol.

P: Qual END escolher para alumínio rachado próximo a rebites?
R: Líquido Penetrante (LP) capta trincas superficiais; Correntes Parasitas (ET) detectam trincas superficiais/subsuperficiais em alumínio; escolha conforme acessibilidade e profundidade suspeita.

P: Oleo-pneumático “baixo” após o pouso é normal?
R: Uma compressão adicional após toque pode ocorrer, mas afundamento excessivo ou vazamentos visíveis exigem inspeção (nível de óleo/nitrogênio e selos).

P: Como o CG afeta a estabilidade longitudinal?
R: CG à frente aumenta estabilidade (mais esforço no profundor, decolagem mais longa). CG atrás reduz estabilidade e pode levar a oscilações; mantenha dentro do envelope.

P: Por que winglets reduzem consumo?
R: Diminuem a intensidade dos vórtices na ponta da asa, reduzindo arrasto induzido e melhorando a eficiência em cruzeiro.

P: Rebite AN426 x AN470: quando usar?
R: AN426 quando a superfície precisa ser flush (borda escareada); AN470 quando saliência é aceitável e a montagem pode ser mais simples/robusta.

P: Como avaliar um “dent” no revestimento?
R: Meça profundidade/diâmetro, verifique proximidade de juntas/aberturas, compare com limites de danos do fabricante. Dents profundos ou próximos a linhas de carga tendem a não ser aceitáveis sem reparo.

P: O que significa “fail-safe” no contexto de célula?
R: Que a estrutura foi projetada para suportar falha local sem perda imediata da integridade, permitindo detecção por inspeção antes de reparo.

P: Têmperas (T3, T6) mudam algo na hora de rebitar?
R: Sim. Ligas e temperas influenciam ductilidade e força de fixação; algumas requerem tratamentos ou tempos de trabalhabilidade específicos.

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