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O sistema de pressurização das aeronaves é essencial para garantir a segurança e o conforto dos passageiros e tripulantes durante o voo em altitudes elevadas, onde o nível de oxigênio é insuficiente para a respiração normal.

Funcionamento

A pressurização não recria a pressão ao nível do mar, mas mantém a pressão interna da cabine em um nível equivalente à pressão atmosférica de aproximadamente 8.000 pés de altitude, suficiente para o conforto humano. Essa pressão é chamada de “Altitude de Cabine”, e pode ser ajustada pelo piloto conforme necessário.

Principais Componentes

  1. Controlador de Pressurização:
    • Painel utilizado pelo piloto para ajustar a pressão desejada na cabine.
    • Permite definir a razão de variação, ou seja, a taxa com que a pressão interna se ajusta, evitando desconforto durante a subida ou descida.
  2. Válvula Controladora de Vazão:
    • Regula a pressão na cabine ao controlar a quantidade de ar que escapa para o exterior da aeronave.
    • Essa válvula garante que a pressão interna seja mantida dentro dos limites definidos.
  3. Compressor:
    • Envia ar comprimido para a cabine.
    • Em aeronaves a reação, utiliza-se o ar comprimido pelo próprio compressor do motor, o que elimina a necessidade de um compressor adicional.
Livro Aeronaves e Motores – Conhecimentos Técnicos de Avião – Jorge M. Homa

Limitações Operacionais

  1. Pressão Diferencial:
    • É a diferença entre a pressão interna da cabine e a pressão externa da atmosfera.
    • O projeto das aeronaves define um limite máximo para a pressão diferencial, geralmente de 3 lbf/in² em aviões leves e até 9 lbf/in² em aviões a jato. Exceder esse limite pode comprometer a integridade estrutural da fuselagem.
  2. Altitude de Cabine:
    • A pressão interna é ajustada para garantir conforto sem atingir os níveis do solo, otimizando o desempenho do sistema e preservando a estrutura da aeronave.