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Unidades Principais de Sistemas de Radar Analógicos

Os sistemas de radar analógicos, embora menos sofisticados que os digitais modernos, ainda desempenham um papel importante na aviação, principalmente em aplicações meteorológicas e de navegação. Esses sistemas baseiam-se em componentes que trabalham juntos para transmitir, receber e processar sinais de radar. A seguir, é detalhado o funcionamento e os principais elementos de um radar analógico.


Unidades Principais e Suas Funções

  1. Sincronizador:
    • Responsável por sincronizar as operações do transmissor, receptor e indicador.
    • Gera pulsos de disparo que determinam a temporização do sistema.
  2. Misturador:
    • Armazena energia em uma rede de indutores e capacitores.
    • Libera pulsos de alta tensão ao transmissor quando ativado pelo sincronizador.
  3. Transmissor:
    • O principal componente é o magnétron, um tubo que converte pulsos de alta tensão em pulsos de alta frequência (ex.: 5400 MHz em radares meteorológicos).
    • Esses pulsos são enviados ao sistema da antena para emissão.
  4. Duplexador:
    • Atua como uma chave eletrônica que alterna a conexão da antena entre o transmissor e o receptor.
    • Durante a transmissão, impede que o sinal de alta energia entre no receptor.
    • Durante a recepção, direciona os sinais refletidos para o receptor.
  5. Sistema de Antena:
    • Focaliza e emite os pulsos de radar no espaço.
    • Recebe ecos refletidos e os encaminha ao receptor.
    • Pode ser parabólica ou plana:
      • Parabólica: Comum em radares de solo, utiliza um refletor para concentrar o feixe.
      • Plana: Mais compacta, usada em radares aéreos modernos.
  6. Receptor:
    • Recebe e processa os ecos dos sinais refletidos.
    • Realiza a conversão super-heteródina para reduzir a frequência de entrada (ex.: de 5400 MHz para uma intermediária de 60 MHz).
    • Amplifica, detecta e envia os sinais processados aos amplificadores de vídeo.
  7. Indicador:
    • Originalmente um tubo de raios catódicos (CRT), agora frequentemente substituído por telas LCD.
    • Exibe a direção e distância dos alvos no display.
    • Pode incluir marcadores de alcance, que são círculos concêntricos representando distâncias a partir do centro do radar.

Operação do Sistema

  1. Transmissão:
  2. Recepção:
    • Os sinais refletidos (ecos) retornam pela antena e são redirecionados pelo duplexador ao receptor.
    • O receptor processa os ecos, amplifica os sinais e os encaminha ao indicador.
  3. Estabilização da Antena:
  4. Guia de Onda:
    • Direciona os sinais de radar entre o transmissor, receptor e antena.
    • Impede que os sinais escapem pelas laterais, garantindo eficiência.
  5. Varredura:
    • A antena pode realizar:
      • Varredura completa (360°): Geralmente usada em radares de solo.
      • Oscilação limitada (90° a 240°): Usada em radares montados no nariz de aeronaves, cobrindo áreas à frente e laterais.

Benefícios e Limitações

  • Benefícios:
    • Simplicidade operacional.
    • Compatibilidade com sistemas mais antigos.
    • Adequado para detecção meteorológica e navegação básica.
  • Limitações:
    • Sensibilidade a ruídos e interferências externas.
    • Menor precisão e capacidade de processamento em comparação com sistemas digitais modernos.

Os radares analógicos, com seu design robusto e funcionalidade comprovada, foram pioneiros em aplicações aeronáuticas. Embora estejam sendo gradualmente substituídos por sistemas digitais, continuam sendo uma tecnologia valiosa para entender os fundamentos dos sistemas de radar.