Como são os manuais de manutenção de aronaves?

Os manuais técnicos ATA 100 utilizados na manutenção de aeronaves são editados ou criados de acordo com especificações de padronização criada pela ATA – AIR TRANSPORT ASSOCIATION of AMERICA para os dados ou informações técnicas dos fabricantes e por isso que chamamos de ATA 100.
Manuais de manutenção de aeronaves em pdf aqui
Esse cem “100”, vem de ter 100 capítulos onde foi escolhido para descrever uma parte do avião ou sistema em especial.
Por exemplo o capítulo 27 foi escolhido para falar somente sobre controles de voo ou superfícies de comando, enquanto o número 24 fala sobre força elétrica.

Esta padronização estabelece padrões de organização de assuntos, métodos de apresentação como também o sistema de numeração de páginas de publicações técnicas.
ATA 100
Por exemplo, quando um fabricante for descreve passo-a-passo como fazer um reparo estrutural na fuselagem de seu modelo de aeronave ele deve obrigatoriamente colocar no capitulo 53 do SRM (Manual de reparos estruturais) de suas publicações técnicas, pois o capítulo 53 trata exclusivamente sobre a fuselagem do avião.
E assim por diante em qualquer parte ou componente ou sistema do avião, TODOS tem um capítulo especifico a ser colocado.
Teve como principais objetivos minimizar os custos e os esforços das companhias aéreas para facilitar o entrosamento entre fabricantes e empresas de aviação, seu pessoal técnico e suas necessidades.
Divisão em 4 grupos:
Grupo 1: Aeronave/Diversos Do Capítulo 05 ao 20.
Grupo 2: Sistemas Do Capítulo 21 ao 50.
Grupo 3: Estrutura Do Capítulo 51 ao 70.
Grupo 4: Grupo Motopropulsor Do Capítulo 71 ao 100.
Norma ATA 100
A aeronave, sua estrutura, componentes e sistemas estão divididos em 100 capítulos. Cada capítulo foi divido em seções e cada seção dividida em assuntos.
Com essa divisão podemos encontrar rapidamente qualquer capítulo equivalente a um sistema da aeronave, que utiliza a norma Ata 100, e dentro deste localizar com a mesma facilidade um assunto de nosso interesse.
Quando trabalhamos com uma outra aeronave que também tem seus manuais Técnicos organizados pela Norma ATA 100, nos sentimos familiarizados e não temos dificuldades de entender como funciona a documentação desta nova aeronave.
Veja abaixo um exemplo de um número da Norma ATA100 e como é fácil de interpretá-lo. Um número utilizado para identificação da norma ATA 100 é formado da seguinte forma:
Capítulos (primeiro grupo)

33 iluminação
35 oxigênio
53 Fuselagem
62 rotor principal
63 acionamento do rotor principal
64 rotor de cauda
65 acionamento do rotor de cauda
70 grupo moto propulsor, etc.
Seções (segundo grupo)

Representa as seções.
Veja alguns exemplos levando em conta que o capítulo tratado é o 33 – iluminação:
00 geral
10 compartimento de voo
20 compartimento de passageiros
30 compartimento de carga
40 externas
50 iluminação de emergência, etc.
Assunto (terceiro grupo):

Representa o assunto dentro da seção:
01 farol escamoteável
02 farol fixo, etc.
Números (Quarto Grupo)

Representa o tipo de intervenção a ser efetuada pelo mecânico:
000 remoção
400 instalação
710 teste operacional etc…
O número depois de pronto fica assim:
33.40.01.400
VEJA OUTRO EXEMPLO
27-11-09-400-801-A
Os três primeiros elementos identificam o equipamento (Controles de Voo – Aileron – Aileron(superfície).
O quarto elemento identifica o código de função de manutenção (Instalação).
O quinto elemento identifica o número da tarefa ou sub-tarefa.
Instalação
27-11-09-400-801-A
Remoção
27-11-09-000-801-A
Teste operacional
27-11-09-710-801-A
Capítulos ATA 100
01 INTRODUCTION
05 PERIODIC INSPECTIONS
06 DIMENSIONS AND AREAS
07 LIFTING AND SHORING
08 LEVELING AND WEIGHING
09 TOWING AND TAXIING
10 PARKING, MOORING, STORAGE AND RETURN TO SERVICE
11 PLACARDS AND MARKINGS
12 SERVICING – ROUTINE MAINTENANCE
18 VIBRATION AND NOISE ANALYSIS (HELICOPTER ONLY)
20 STANDARD PRACTICES – AIRFRAME
21 AIR CONDITIONING
22 AUTO FLIGHT
23 COMMUNICATIONS
24 ELECTRICAL POWER
25 EQUIPMENT / FURNISHINGS
26 FIRE PROTECTION
27 FLIGHT CONTROLS
28 FUEL
29 HYDRAULIC POWER
30 ICE AND RAIN PROTECTION
31 INDICATING / RECORDING SYSTEMS
32 LANDING GEAR
33 LIGHTS
34 NAVIGATION
35 OXYGEN
36 PNEUMATIC
37 VACUUM
38 WATER / WASTE
39 ELECTRICAL – ELECTRONIC PANELS AND MULTIPURPOSE COMPONENTS
41 WATER BALLAST
45 CENTRAL MAINTENANCE SYSTEM (CMS)
46 INFORMATION SYSTEMS
49 AIRBORNE AUXILIARY POWER
51 STANDARD PRACTICES AND STRUCTURES –
GENERAL
52 DOORS
53 FUSELAGE
54 NACELLES / PYLONS
55 STABILIZERS
56 WINDOWS
57 WINGS
60 STANDARD PRACTICES – PROPELLER /ROTOR
61 PROPELLERS / PROPULSORS
62 MAIN ROTOR(S)
63 MAIN ROTOR DRIVE(S)
64 TAIL ROTOR
65 TAIL ROTOR DRIVE
66 ROTOR BLADE AND TAIL PYLON FOLDING
67 ROTORS FLIGHT CONTROL
70 STANDARD PRACTICES – ENGINE
71 POWER PLANT – GENERAL
72 ENGINE
72(T) ENGINE – TURBINE / TURBOPROP, DUCTED FAN / UNDUCTED FAN
72(R) ENGINE – RECIPROCATING
73 ENGINE – FUEL AND CONTROL
74 IGNITION
75 BLEED AIR
76 ENGINE CONTROLS
77 ENGINE INDICATING
78 EXHAUST
79 OIL
80 STARTING
81 TURBINES (RECIPROCATING ENGINES)
82 WATER INJECTION
83 ACCESSORY GEAR BOXES (ENGINE DRIVEN)
84 PROPULSION AUGMENTATION
91 CHARTS
TIPOS DE MANUAIS TÉCNICOS ATA 100

Existem muitos manuais técnicos ATA 100 produzidos para serem usados durante a vida operacional da aeronave, vou listar aqui os principais e deixar no final pra download pra você conhecer como eles são criados:
- Manual de manutenção de aeronaves (Aircraft Maintenance Manual )
- Catálogo de partes ilustradas (Illustrated Parts Catalog)
- Manual de reparos estruturais (Structural Repair Manual)
- Manual de manutenção de componentes (Component Maintenance Manual).
- Manual de diagramas de fios (Wiring Diagram Manual)
- Manual de esquemas (Schematics Manual)
- Manual de reportagem de falhas (Fault Reporting Manual)
- Manual de isolação de falhas (Fault Isolation Manual)
- Manual de testes não destrutivos (Nondestrutctive Testing Manual)
- Lista de ferramentas e equipamentos (Tool And Equipment Lists)
- Manual de equipamentos de terra (Ground Equipment Manual)
- Lista de equipamentos mínimos (Minimum Equipment List)
MATERIAL DE APOIO
Glossário — Manuais Técnicos ATA 100
Navegue pelos termos:
- Assunto (terceiro grupo)
- ATA 100 (Norma de padronização)
- Capítulo (primeiro grupo)
- Código de função de manutenção (000/400/710)
- Divisão em grupos (1 a 4)
- Catálogo de Partes Ilustradas (IPC)
- Manual de Manutenção de Componentes (CMM)
- Manual de Isolação de Falhas (FIM)
- Manual de Reportagem de Falhas (FRM)
- Manual de Equipamentos de Terra (GEM)
- Lista de Equipamentos Mínimos (MEL)
- Lista de Ferramentas e Equipamentos
- Manual de Diagramas de Fios (WDM)
- Manual de Esquemas (Schematics Manual)
- Manual de Manutenção de Aeronaves (AMM)
- Manual de Reparos Estruturais (SRM)
- Manual de Testes Não Destrutivos (NDT)
- Numeração ATA 100 (ex.: 33.40.01.400 / 27-11-09-400-801-A)
- Práticas Padrão (Standard Practices)
- Seção (segundo grupo)
- Tarefa/Subtarefa
Assunto (terceiro grupo)
É o detalhamento dentro de uma seção. Ex.: no capítulo 33 (Iluminação), a seção 40 (Externas) pode ter o assunto 01 (farol escamoteável) e 02 (farol fixo). O assunto identifica exatamente “o que” será tratado naquele ponto do manual.
ATA 100 (Norma de padronização)
Padroniza como os fabricantes organizam e apresentam dados técnicos de manutenção. Divide a aeronave em 100 capítulos, criando uma “linguagem comum” entre fabricantes, companhias e mecânicos para localizar e executar procedimentos.
Capítulo (primeiro grupo)
É o tema principal. Exemplos: 27 (Controles de voo), 33 (Iluminação), 35 (Oxigênio), 53 (Fuselagem), 62 (Rotor principal), 64 (Rotor de cauda), 70 (Grupo motopropulsor). Cada capítulo reúne seções e assuntos relacionados ao sistema ou estrutura.
Código de função de manutenção (000/400/710)
Identifica o tipo de intervenção: 000 = Remoção; 400 = Instalação; 710 = Teste operacional (entre outros). Esse código aparece como parte da numeração completa da tarefa.
Divisão em grupos (1 a 4)
A norma agrupa os capítulos por grandes áreas: Grupo 1 (Aeronave/Diversos — cap. 05 a 20), Grupo 2 (Sistemas — cap. 21 a 50), Grupo 3 (Estruturas — cap. 51 a 70) e Grupo 4 (Grupo Motopropulsor — cap. 71 a 100). Isso dá visão geral rápida do “onde procurar”.
Catálogo de Partes Ilustradas (IPC)
Lista e ilustra peças e subconjuntos, mostrando vistas explodidas e códigos de referência para pedido e reposição. Útil para identificar exatamente a peça correta por capítulo/seção/assunto.
Manual de Manutenção de Componentes (CMM)
Detalha manutenção de componentes individuais (ex.: válvulas, atuadores), muitas vezes em nível de bancada. Complementa o AMM quando a intervenção vai “além” do item instalado na aeronave.
Manual de Isolação de Falhas (FIM)
Guia lógico para localizar a causa de uma pane. Usa árvores de decisão, medições e testes para conduzir o mecânico até o ponto provável de falha.
Manual de Reportagem de Falhas (FRM)
Padroniza a forma de relatar e classificar falhas observadas em operação/manutenção, alimentando o histórico e facilitando a correção e prevenção.
Manual de Equipamentos de Terra (GEM)
Especifica equipamentos de apoio em solo (ferramentas, macacos, carrinhos, etc.) e como usá-los com segurança em cada tarefa do manual.
Lista de Equipamentos Mínimos (MEL)
Relaciona itens que podem estar inoperantes e, ainda assim, permitir o voo sob condições específicas. É consultada para decisões operacionais e liberação da aeronave.
Lista de Ferramentas e Equipamentos
Relaciona as ferramentas e equipamentos necessários para executar as tarefas de manutenção descritas nos manuais.
Manual de Diagramas de Fios (WDM)
Apresenta diagramas elétricos (fiação, conectores, rotas e referências por capítulo/seção/assunto), auxiliando troubleshooting e modificações.
Manual de Esquemas (Schematics Manual)
Mostra esquemas funcionais (fluxos, lógica, interligações) dos sistemas, facilitando o entendimento “macro” antes de entrar no detalhe de fios/peças.
Manual de Manutenção de Aeronaves (AMM)
Principal referência de manutenção “na aeronave”. Traz procedimentos passo a passo de inspeção, remoção, instalação e testes por capítulo e seção.
Manual de Reparos Estruturais (SRM)
Reúne instruções e limites para reparos em estruturas (fuselagem, asas, portas, etc.), sempre referenciando o capítulo adequado (ex.: 53 para fuselagem).
Manual de Testes Não Destrutivos (NDT)
Define métodos de ensaio (líquido penetrante, ultrassom, radiografia, etc.) aplicáveis às inspeções sem danificar as peças, com referências cruzadas aos capítulos onde se aplicam.
Numeração ATA 100 (ex.: 33.40.01.400 / 27-11-09-400-801-A)
Estrutura que localiza exatamente a tarefa: capítulo.seção.assunto.função (e, quando usado, complementos de tarefa/subtarefa). Exemplos do artigo: 33.40.01.400 (Cap. 33 Iluminação → Seção 40 Externas → Assunto 01 → Instalação 400); 27-11-09-400-801-A (Controles de voo → Aileron → Aileron (superfície) → Instalação → Tarefa 801 → variante A).
Práticas Padrão (Standard Practices)
Capítulos de referência geral (ex.: 20, 51, 60, 70) com métodos e critérios universais para serviços em sistemas, estruturas, hélice/rotor e motor.
Seção (segundo grupo)
Subdivisão do capítulo, agrupando áreas ou locais. Ex.: no cap. 33 (Iluminação), as seções incluem 10 (Compartimento de voo), 20 (Passageiros), 30 (Carga), 40 (Externas) e 50 (Emergência).
Tarefa/Subtarefa
Números finais que identificam o passo específico dentro do código completo (ex.: “801”) e, quando aplicável, letras finais para variantes (ex.: “A”). Guiam a execução exata do procedimento.
FAQ — Perguntas Frequentes
P: Como interpreto rapidamente um código como 27-11-09-400-801-A?
R: Leia em blocos: 27 (Capítulo: Controles de voo) – 11 (Seção: Aileron) – 09 (Assunto: Aileron – superfície) – 400 (Função: Instalação) – 801 (Número da tarefa) – A (variante). Isso te leva direto ao procedimento correto.
P: Qual a vantagem prática da norma ATA 100 para quem está começando?
R: Você aprende uma estrutura única e reaplicável. Ao trocar de aeronave, a “lógica” dos capítulos/ seções/assuntos se mantém, acelerando a familiarização e reduzindo erros de busca.
P: O que significam os códigos 000, 400 e 710 nas tarefas?
R: São funções-padrão: 000 = Remoção; 400 = Instalação; 710 = Teste operacional. Há outros códigos, mas esses três aparecem com frequência no dia a dia.
P: Como sei em qual capítulo procurar um tema?
R: Pense pelo sistema/estrutura: iluminação (→ 33), oxigênio (→ 35), fuselagem (→ 53), rotor principal (→ 62), grupo motopropulsor (→ 70–79). Depois, entre na seção e assunto para afinar a busca.
P: Os quatro “grupos” (1 a 4) mudam a forma de usar os manuais?
R: Não. Eles apenas organizam os capítulos por área ampla (Aeronave/Diversos, Sistemas, Estruturas, Motopropulsor) e ajudam a entender o “mapa” geral antes de ir ao capítulo exato.
P: Qual a diferença entre AMM, CMM, SRM, IPC e WDM?
R: AMM = manutenção “na aeronave”; CMM = manutenção do componente em bancada; SRM = reparos estruturais; IPC = identificação/compras de peças; WDM = diagramas elétricos/fiação. Eles se complementam.
P: Onde entram as “Práticas Padrão” (Standard Practices)?
R: Em capítulos específicos (ex.: 20, 51, 60, 70) que trazem métodos gerais aplicáveis a vários sistemas, como critérios de reparo, torque, materiais e técnicas.
P: O padrão ATA 100 também cobre helicópteros?
R: Sim. Há capítulos dedicados (ex.: 62 a 67 tratam de rotor principal, transmissão, rotor de cauda e controles de rotor), mantendo a mesma lógica de numeração e pesquisa.
P: O que é “tarefa/subtarefa” no final do código?
R: É o índice que diferencia procedimentos dentro do mesmo assunto. A tarefa (ex.: 801) e uma letra (ex.: A) apontam para variações do mesmo procedimento, evitando confusão na execução.
P: Existe uma ordem “certa” para estudar os capítulos?
R: Comece pelos capítulos de interesse da sua área (sistemas, estruturas ou motopropulsor) e pelos Standard Practices correspondentes. Em seguida, pratique a leitura de códigos completos para ganhar velocidade de localização.
GLOSSÁRIO
AMM (Manual de Manutenção de Aeronaves)
Documento principal usado “na aeronave”. Reúne procedimentos passo a passo de inspeção, remoção, instalação e testes, organizados por capítulo, seção e assunto da ATA 100. É o manual que o mecânico consulta para executar tarefas diretamente no avião.
Assunto (terceiro grupo)
Detalhamento dentro de uma seção. Indica exatamente “o que” será tratado naquele ponto do manual (por exemplo, um tipo específico de luz ou componente). Ajuda a localizar a tarefa com precisão.
ATA 100 (Norma de padronização)
Padrão que organiza os dados técnicos dos fabricantes em 100 capítulos, criando uma linguagem comum entre fabricantes, operadores e mecânicos. Facilita encontrar informações e executar procedimentos de forma padronizada.
Capítulo (primeiro grupo)
Tema principal que agrupa sistemas ou estruturas (ex.: 27 Controles de voo, 33 Iluminação, 53 Fuselagem, 71 Powerplant). Cada capítulo é subdividido em seções e assuntos.
CMM (Manual de Manutenção de Componentes)
Focado em componentes individuais (válvulas, atuadores, instrumentos). Descreve testes, desmontagem, reparos e remontagem, geralmente em bancada, complementando o AMM quando o serviço vai além do item instalado na aeronave.
Código de função de manutenção (000/400/710)
Parte da numeração que indica o tipo de intervenção: 000 = Remoção; 400 = Instalação; 710 = Teste operacional (entre outros). Permite saber rapidamente que ação será executada.
Divisão em grupos (1 a 4)
Agrupamento amplo dos capítulos: Grupo 1 (Aeronave/Diversos – 05 a 20), Grupo 2 (Sistemas – 21 a 50), Grupo 3 (Estruturas – 51 a 70) e Grupo 4 (Grupo Motopropulsor – 71 a 100). Dá visão rápida de “onde procurar”.
FIM (Fault Isolation Manual – Manual de Isolação de Falhas)
Guia lógico de troubleshooting com fluxogramas e verificações para localizar a causa provável de uma pane, apontando testes e medições até chegar ao ponto da falha.
FRM (Fault Reporting Manual – Manual de Reportagem de Falhas)
Padroniza a forma de registrar e classificar falhas observadas em operação/manutenção, alimentando o histórico da aeronave e ajudando a prevenção de recorrências.
GEM (Ground Equipment Manual – Manual de Equipamentos de Terra)
Especifica equipamentos de apoio (macacos, carrinhos, GPU, etc.) e como utilizá-los em segurança nas tarefas de manutenção descritas nos manuais.
IPC (Illustrated Parts Catalog – Catálogo de Partes Ilustradas)
Lista peças e subconjuntos com vistas explodidas e códigos. Ajuda a identificar com precisão a peça correta por capítulo, seção e assunto, evitando trocas indevidas.
Lista de Ferramentas e Equipamentos
Relação das ferramentas e equipamentos necessários para executar cada tarefa de manutenção. Garante preparo antes de iniciar a atividade.
MEL (Minimum Equipment List – Lista de Equipamentos Mínimos)
Relaciona itens que podem permanecer inoperantes sob condições específicas, permitindo o voo dentro de limites e procedimentos definidos. É usada para decisões operacionais e liberação da aeronave.
NDT (Nondestructive Testing – Testes Não Destrutivos)
Métodos de ensaio (líquido penetrante, ultrassom, radiografia, etc.) para inspecionar peças sem danificá-las. Frequentemente referenciados em capítulos de Práticas Padrão e estruturas.
Numeração ATA 100
Estrutura que localiza a tarefa: capítulo.seção.assunto.função (e, quando aplicável, números de tarefa/subtarefa e variante). Exemplo: 33.40.01.400 (Cap. 33 Iluminação → Seção 40 Externas → Assunto 01 → Função 400 Instalação).
Práticas Padrão (Standard Practices)
Capítulos de referência geral com métodos e critérios universais (ex.: 20 Airframe, 51/60/70 para estruturas, hélice/rotor e motor). Servem como base técnica para diversas tarefas.
Seção (segundo grupo)
Subdivisão do capítulo que organiza áreas ou locais (ex.: “Compartimento de voo”, “Passageiros”, “Externas”). Facilita a navegação antes de chegar ao assunto específico.
SRM (Structural Repair Manual – Manual de Reparos Estruturais)
Traz instruções e limites para reparos em estruturas como fuselagem, asas e portas. Indica materiais, danos admissíveis, métodos e passos detalhados de reparo por capítulo.
Tarefa/Subtarefa
Identificadores finais da numeração que apontam o passo exato a ser executado (por exemplo, “801”) e, quando presente, uma letra de variante (ex.: “A”). Direcionam a execução precisa do procedimento.
WDM (Wiring Diagram Manual – Manual de Diagramas de Fios)
Apresenta diagramas elétricos (fiação, conectores e rotas) com referências cruzadas por capítulo, seção e assunto. Essencial para diagnóstico elétrico e alterações de sistema.
FAQ
P: Como decifrar rapidamente um código como 27-11-09-400-801-A?
R: Leia em blocos: 27 (Capítulo: Controles de voo) – 11 (Seção: Aileron) – 09 (Assunto: Aileron – superfície) – 400 (Função: Instalação) – 801 (Tarefa) – A (variante). Assim você chega direto ao procedimento correto.
P: Qual a diferença prática entre AMM, SRM e CMM?
R: O AMM é “na aeronave” (operações e testes). O SRM é “na estrutura” (limites e reparos). O CMM é “no componente” (bancada, desmontagem e remontagem). Eles se complementam.
P: Onde descubro as ferramentas necessárias antes de iniciar uma tarefa?
R: Consulte a “Lista de Ferramentas e Equipamentos” associada à tarefa no AMM (ou no CMM, se for serviço em componente). Lá estão as ferramentas e equipamentos obrigatórios.
P: Quando uso MEL na rotina?
R: Ao avaliar se é possível voar com algum item inoperante. A MEL define condições, limitações e prazos para operar com segurança até o reparo.
P: Como a divisão em grupos (1 a 4) acelera a busca?
R: Ela indica rapidamente a “área” do problema (Sistemas, Estruturas, etc.). Você foca no grupo certo e depois no capítulo correspondente, economizando tempo.
P: Por que a padronização ATA 100 é tão importante para iniciantes?
R: Porque padroniza a organização das informações. Quem aprende a lógica de capítulos/seções/assuntos navega em qualquer manual de qualquer fabricante com familiaridade.
P: “Práticas Padrão” substituem o AMM?
R: Não. Elas são referência técnica geral (métodos e critérios). A execução da tarefa ainda segue o AMM (ou SRM/CMM), que traz passos e requisitos específicos.
P: WDM e Schematics fazem a mesma coisa?
R: Não. O Schematics mostra o funcionamento e interligações “macro” do sistema. O WDM detalha a fiação e conectores. Use o Schematics para entender o sistema e o WDM para medir e diagnosticar.
P: Como saber se devo abrir o AMM, o SRM ou o CMM primeiro?
R: Se a ação é “na aeronave” (inspeção/remoção/instalação), comece pelo AMM. Se houver dano estrutural, vá ao SRM. Se o serviço é em um componente fora da aeronave, abra o CMM.
P: Onde entram os testes não destrutivos (NDT) no fluxo de manutenção?
R: Quando o procedimento ou os limites exigem confirmação de condição sem danificar a peça. O AMM ou o SRM indicam o método NDT aplicável e os critérios de aceitação.
4 Comentários
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