Novo Glossário Técnico de Manutenção de Aeronaves! 🚀✈️
glossario tecnico aeronautico
Com a crescente complexidade técnica na aviação, é comum surgirem dúvidas sobre termos e processos relacionados a assuntos técnicos. Assim, temos o prazer de apresentar nosso mais recente recurso:
Glossário Técnico de Manutenção de Aeronaves.

Com nosso Glossário, você terá à disposição uma ferramenta valiosa para esclarecer suas dúvidas, aprimorar seus conhecimentos técnicos e desvendar o funcionamento intricado da manutenção de aeronaves.
O que nosso Glossário oferece:
- Explicações com figuras, detalhadas e acessíveis para termos técnicos.
- Uma extensa base de conhecimento atualizada.
- Respostas para suas dúvidas sobre manutenção de aeronaves.
Acreditamos que você vai apreciar a facilidade e utilidade que essa ferramenta proporciona!
GLOSSÁRIO TÉCNICO DE MANUTENÇÃO DE AERONAVES
Aeronavegabilidade
Condição em que a aeronave atende aos requisitos de segurança e está apta a voar. Envolve conformidade com regulamentos, manutenções em dia e correção de panes conforme os manuais técnicos.
AMM — Aircraft Maintenance Manual
Manual central de manutenção da aeronave. Reúne descrição de sistemas, procedimentos de inspeção, remoção/instalação, ajustes, testes e critérios de liberação.
ATA 100
Padrão que organiza os manuais de manutenção por capítulos e seções, facilitando a localização de informações técnicas sobre sistemas, componentes e procedimentos.
Base de manutenção (linha e hangar)
Ambiente onde a aeronave recebe serviços. Na linha fazem-se inspeções rápidas e corretivas simples entre voos; no hangar executam-se inspeções profundas, modificações e reparos estruturais.
Boroscópio
Instrumento óptico usado para inspeções visuais em áreas internas de difícil acesso (como câmaras de combustão). Permite detectar trincas, corrosão e desgaste sem desmontagens extensas.
Capacidade volumétrica
Medida do volume que um reservatório ou componente pode conter. Em manutenção, é usada para operações de abastecimento, troca de fluidos e calibração de sistemas.
Estator
Parte fixa de máquinas (como alternadores e bombas) responsável por direcionar fluxo de ar ou campo magnético. Sua integridade influencia diretamente a eficiência do equipamento.
Frenagem de parafusos e porcas
Métodos usados para impedir o afrouxamento de fixadores por vibração, como fio de travamento, arruelas de pressão, pinos e porcas auto-travantes.
Inspeção por Partículas Magnéticas (Magnaflux)
Técnica de ensaio não destrutivo que magnetiza a peça e usa partículas ferromagnéticas para revelar descontinuidades superficiais e subsuperficiais.
Lastro em aeronaves
Peso adicional instalado para ajustar o centro de gravidade dentro dos limites do fabricante, garantindo estabilidade e controle em todas as fases do voo.
Lei de Charles
Lei dos gases que relaciona volume e temperatura em pressão constante. Em aviação, ajuda a prever variações de volume de ar e combustível com a temperatura.
Lei de Dalton
Afirma que a pressão total de uma mistura gasosa é a soma das pressões parciais de seus componentes. Útil para entender medições e compensações em sistemas pneumáticos.
Lei de Lenz
Princípio do eletromagnetismo que explica oposição à variação de fluxo magnético. Aplica-se a geradores, magnetos e sensores indutivos da aeronave.
Lei de Ohm
Relaciona tensão, corrente e resistência elétrica. Base para diagnósticos em aviônica, chicotes e testes de continuidade/isolação.
Mach crítico
Número de Mach no qual o primeiro ponto de uma asa ou superfície atinge velocidade sônica, iniciando efeitos de compressibilidade que afetam arrasto e controle.
Machímetro
Instrumento que indica o número de Mach da aeronave, auxiliando a manter limites estruturais e de desempenho em diferentes altitudes.
Manutenção (conceito)
Conjunto de ações planejadas e corretivas para preservar a aeronavegabilidade. Inclui inspeções periódicas, reparos, substituições, calibrações e cumprimento de boletins/ADs.
Porca auto-freno (Elastic Stop)
Porca com inserto de nylon ou deformação controlada que aumenta o atrito e evita o afrouxamento por vibração, sem necessidade de travamento adicional.
Porca-rebite (Rivnut)
Fixador que combina características de porca e rebite, permitindo criar rosca permanente em chapas finas sem acesso ao lado oposto.
Porta NOR (lógica)
Componente digital que realiza a função “OU” negada. Em aviônica e sistemas de controle, combina sinais para lógicas de proteção e indicação.
Potência indicada
Potência mecânica efetivamente transferida aos pistões por gases de combustão em motores a pistão, antes das perdas por atrito e acessórios.
Rebite
Fixador permanente usado em junções estruturais. A seleção adequada de liga, diâmetro e método de instalação é crítica para integridade estrutural.
Sistema de combustível
Conjunto de tanques, bombas, filtros, válvulas e linhas que armazena e entrega combustível ao motor com pressão, vazão e qualidade adequadas.
Variação de altitude-pressão
Mudança da altitude indicada em função de alterações de pressão atmosférica. Requer ajustes de altímetro e atenção a procedimentos de calibração.
Vela de ignição híbrida
Componente de ignição que combina características para partida e operação contínua, otimizando a faísca e a durabilidade em motores a pistão aeronáuticos.
Velocidade indicada (IAS)
Velocidade lida diretamente no anemômetro, baseada em pressão dinâmica. É referência primária para performance, estol e limitações do manual.
Velocidade relativa ao solo (Groundspeed)
Velocidade da aeronave em relação ao solo, resultante da combinação de velocidade no ar com vento. Importante para planejamento de tempo e consumo.
FAQ
P: Como devo usar este glossário no estudo diário?
R: Leia os termos relativos à matéria que você está revisando e, em seguida, volte ao manual (AMM/ATA) para ver exemplos práticos. Faça anotações com aplicações reais que você viu em oficinas, simulados ou vídeos.
P: Qual a diferença entre manutenção de linha e de hangar?
R: A manutenção de linha é rápida e focada em inspeções e correções simples entre voos. A de hangar é mais profunda, com inspeções programadas, reparos estruturais, modificações e testes extensivos.
P: Por que “Mach crítico” é relevante se não voo em velocidades transônicas?
R: Mesmo em estudos básicos, o conceito ajuda a entender limites aerodinâmicos e por que determinadas aeronaves têm restrições de velocidade e altitude.
P: Quando usar porca auto-freno e quando usar travamento por fio?
R: Porcas auto-freno são práticas e rápidas para pontos sujeitos a vibração. Travamento por fio é preferido em locais críticos com altas temperaturas ou onde o fabricante exige redundância.
P: Qual a relação entre IAS, TAS e Groundspeed?
R: IAS é a leitura do instrumento; TAS corrige IAS por densidade/altitude; Groundspeed resulta da TAS ajustada pelo vento. Planejamento de tempo/combustível depende de Groundspeed.
P: O que diferencia uma inspeção por partículas magnéticas de uma visual com boroscópio?
R: A visual detecta condições aparentes em áreas internas; a magnética revela trincas superficiais/subsuperficiais em materiais ferromagnéticos.
P: Como a Lei de Ohm aparece na prática de manutenção?
R: Em testes de continuidade, queda de tensão, diagnóstico de falhas em chicotes, sensores e atuadores. É base para interpretar leituras de multímetro.
P: Quando é necessário ajustar lastro?
R: Após alterações de interior, troca de componentes pesados ou reparos estruturais que mudem a distribuição de massa. Sempre siga limites de centro de gravidade do fabricante.
P: Por que “frenagem” de fixadores é tão enfatizada?
R: Vibração pode afrouxar fixadores e comprometer segurança. A frenagem adequada mantém o torque e evita falhas por soltura.
P: Como o sistema de combustível é inspecionado de forma segura?
R: Com procedimentos de despressurização, aterramento, controle de FOD, verificação de vazamentos, filtros e testes operacionais prescritos nos manuais